Corporação relata novo trimestre de receitas bilionárias, enquanto se recusa a permitir que laboratórios do Sul produzam sua vacina – e cobra até 350 dólares por tratamento contra a covid. Ativistas protestam e OMS amplia apelo pela quebra das patentes

Brasil foi exemplo de tratamento e cooperação na pandemia de aids. Agora, não há esforço nem para compra de vacinas com países vizinhos. Mas o problema da falta de multilateralismo é global, e se acentua desde 2010. Será possível revertê-lo?

A Organização avaliou que a pandemia tende a ficar menos grave. Mesmo que possam ocorrer “picos periódicos de casos e mortes”, disse seu diretor, Tedros Adhanom. Mas ainda há cerca de 2 milhões de casos por dia, globalmente. Persistem muitas dúvidas

Diante da possível aparição de novos vírus, como proteger as sociedades? Crescem as vozes que defendem o fim das patentes, para evitar o apartheid vacinal e a captura da pesquisa pública por um punhado de corporações transnacionais

• Ciência brasileira mal paga • Câncer no SUS, após pandemia • Coronavírus e diabetes • Transmissão da covid entre a mãe e o bebê • Crescem doenças respiratórias em crianças • Carnaval não foi tão mau • Microbiota e Parkinson •

O primeiro é o negacionismo, que se manifesta no Brasil no baixo índice de vacinação das crianças. O outro é o apartheid: metade da população global não está imunizada e Big Pharma quer ganhar bilhões com novos medicamentos anticovid

Deram demonstração importante de que é possível vencer as restrições de propriedade de grandes farmacêuticas. Apoiados pela OMS, podem ajudar outros países a ganhar autonomia no campo da Saúde – e diminuir o apartheid vacinal

Ignoradas pela medicina comercial, elas afetam 1,7 bilhão de pessoas em todo o planeta e provocam cerca de 500 mil mortes anualmente. Em grupo da OMS dedicado à combatê-las, Fiocruz tem um papel importante

Pressão da indústria do fumo contra os impostos e as leis antitabagistas inclui o discurso de combater a entrada ilegal de cigarros do Paraguai. Para isso, manipulam-se dados e articula-se poderoso lobby junto ao Itamaraty e Ministério da Justiça

Incapazes de coordenar defesa de suas populações, países ocidentais fecham-se à África. O que se sabe sobre a variante ômicron. Por que a resposta a ela é tão obtusa. Brasileiro que lidera sequenciamento condena atitude colonizada face à descoberta