Pensadora revolucionária russa articulou um feminismo singular, que sustentava a potência dos afetos, mas queria livrá-los dos vínculos de poder e propriedade. Imaginou as solidariedades amorosas não capitalistas — e as praticou em sua vida
Novo livro convida a viver a maternidade como experiência, não como instituição castradora das mulheres. Exige esforço psíquico para encarar a desigualdade de gênero, ilusões de perfeição e culpas. É árduo, mas vale a pena e muda o mundo
Em Mães paralelas, o humanismo profundo e libertário do cineasta espanhol. Entre amizades intensas e a tentativa de exumar o passado franquista, ele mostra que não há heróis e vilões, só gente submetida às variadas circunstâncias de vida
Mães de verdade retrata o drama de uma jovem que abdica do filho e da mulher que o adotará. Em conflitos sutis (mas intensos), a relação entre humanidade e Natureza — e uma crítica às exigências opressivas da sociedade japonesa
Vista como “natural”, ideia de maternidade como sacerdócio nasceu com o liberalismo. Tem fins produtivistas, mas contou com ajuda da medicina e psicologia. Oprime as mulheres até hoje — por impor um ser mãe único e submisso
Em duas escritoras da periferia, a ancestralidade renovada e o feminismo negro como forma de curar feridas — pessoais e coletivas. Maternidade e cabelo afro tornaram-se um convite a ver as raízes profundas como um canto de libertação
Publicação de artigos por pesquisadoras caiu muito desde março, indicam pesquisas. Sobrecarregadas com trabalho de cuidado e sem incentivo, autoras vêm sido minoria em revistas científicas. Situação piora para negras e mães