Três expoentes da Literatura Hip Hop, que se inspiram mais no rap que em saraus. Inflamados, dão mais vazão às narrativas que a elementos formais da poesia e convidam à insurgência das periferias, para além da redenção individual
Ela canta a condição da mulher negra e o amor distante, onde os corpos nunca se encontram. Ele exalta a lascívia e o futebol de várzea. Juntos, em Punga, representam uma geração que pôde mirar mais a liberdade estética que a denúncia social
Em dois poetas da periferia, a sofisticação sem pedantismo. Um busca o lirismo em brisas sobre a escrita, o insólito e o cotidiano. Outro, fino artesão, aposta na arte da “poesia de para-choques”. Em ambos, a irreverência e o espírito libertário
Em duas autoras periféricas, já falecidas, a infância pobre, mas convidativa à fabulação e à escrita. Pelas arte e ancestralidade africana, entre Carolinas e Dandaras, aflora a rebeldia negra — e um chamado à paz, mesmo que custe guerras
Em dois escritores (um deles, homônimo de famoso membro do PCC), relatos densos sobre o Massacre do Carandiru — e o cotidiano de torturas no sistema penitenciário. Mas, sob este inferno, há brechas para poesia e camaradagem entre presos
Duas autoras periféricas que fogem à estética de exaltação dos saraus. Com versos experimentais, densos e desterritorializados, elas expressam espantos e encantos, tentativas e erros — e, no entrepalavras, o silêncio como prece
Nos primeiros anos do século, despontam dois livros de poesia que vibram em ritmo distinto ao do Hip Hop dos anos 90. Há valorização da vida nas quebradas, retratos da infância, festividades, erotismo – sem negligenciar suas mazelas