Elas usam o deboche-crítico contra hetérotops e redpills. Escancaram violências. O meme vira estratégia de comunicação. É “rir para não adoecer”, diz uma delas. Buscam, assim, um diálogo mais lúdico que, às vezes, escapa de alguns feminismos…
De Trump a Bolsonaro, passando pelo fascismo europeu, o meme e burlesco tornaram-se armas de desumanização. Sua engrenagem: desinibir preconceitos e propagar violências, justificando-os por meio de piadas e achaques
No Peru, a história do La Tarumba, uma escola circense insurgente cujos espetáculos são um convite à reocupação dos espaços públicos. Pela arte, forja a juventude na educação popular. E, nas palhaçadas, faz críticas argutas ao autoritarismo
Visita a El Rodillo, coletivo de publicidade anticapitalista em Barcelona. Em sintonia com novos movimentos, e para furar bolhas, irreverência, apropriação do pop e ressignificação simbólica. E um alerta: a ultradireita quer ser moderninha…
Usada de forma irresponsável, expressão evoca percepção de veracidade, mas revela insegurança e vácuo de ideias. Antecede platitudes, usadas para interditar discussões, até as mais insossas. Urge uma campanha nacional contra este tosco tampão
Abundam piadas que retratam presidente “como mulher”: histérica, fraca ou louca. Humor, ferramenta poderosa e possível arma contra tiranias, também pode ser casca de banana — e nos escorregões, revela-se o machismo entranhado
Aclamado por onde passa, ator que se autoproclamou presidente dispara: “a comédia é o antídoto para nosso momento de terror”. Mas a farsa terá fim: “não vou passar quatro anos como Bolsonaro, fingindo ser presidente”
Humoristas tiveram papel fundamental na denúncia da ditadura. Novo livro analisa a força das charges de Henfil, no Brasil, e Quino, na Argentina
Pode a obra espelhar o autor? Será este um ser monolítico, uma voz monocórdia? A quem interessa negar o humor e sua faculdade dúplice-cúmplice?