Era uma vez, um réptil furta-cor que vivia na floresta em certo país do Sul global. Não distinguia cores – e que teimoso! Gritava “doutrinação cromática!” para despistar de suas exóticas “camuflagens”. E não é que o solipsista foi ficando famoso?
Novelas de Daniel Galera examinam a espera da maternidade, durante as eleições de 2018. A partir daí, tecem distopias: os dilemas filosóficos das tecnologias, a “cicatriz” da experiência e o embate entre misticismo e racionalidade
O quietismo de Pedro e o lobo ensina, mas o rebelde súdito de A roupa do Imperador inspira. Sem paranoias ou pós-verdades, ele ousa destoar da verdade socialmente aceita. Grita “o rei está nu” — e denuncia os cínicos do “eu não sabia”…
Peculiar espécime troca, invariavelmente, a coerência pela gritaria. Acredita que “atitude” suplanta ideias. Inverte a máxima de Sócrates: não sabe que nada sabe — por isso, tem certezas agudas, e fazem disso o combustível para barbáries
Usada de forma irresponsável, expressão evoca percepção de veracidade, mas revela insegurança e vácuo de ideias. Antecede platitudes, usadas para interditar discussões, até as mais insossas. Urge uma campanha nacional contra este tosco tampão
Elas desempregam pontos finais e vírgulas — e se tornaram prestadoras de serviços genéricos. Acoplam ideias não-formadas. Revelam a aflição do não-concluir da Geração dos Reticentes. Nem a linguagem escapa da rapina de nosso tempo…