Aplicativos para dormir, acordar, beber água, transar… até quando cremos nos libertar. Já somos subjetividades de algoritmo? Mas afinal, o que importa? Compartilhe a lista das músicas “mais ouvidas” – o app já sabe o que (você) pensa (de si)
“Já não era sustentável limitar a captura ao outro. O controle precisava ser (o) eu. A mão externa precisava ser a minha. Fui otimizada em combo dois em um. Aprendi a andar acoplada no objeto inteligente que programou em mim o prazer compulsivo da auto-captura. A selfie”
Era uma vez, um réptil furta-cor que vivia na floresta em certo país do Sul global. Não distinguia cores – e que teimoso! Gritava “doutrinação cromática!” para despistar de suas exóticas “camuflagens”. E não é que o solipsista foi ficando famoso?
Quando a morte se torna corriqueira, vale recordar que as estatísticas de vítimas e os provérbios que amenizam o luto jamais eliminarão um duro fato: todos morrem de véspera. Por isso o vazio que deixam é uma laboriosa e agônica presença
Seu ritual iniciático mescla autoajuda e culto à virilidade, camuflados de transcendência e cuidado ao corpo. Opera através do sacrifício individual e do marketing de surdina. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência
Todas as noites, sentada sob o chuveiro, ela ouve os mesmos sons, dolentes, atravessando as águas como um pedido íntimo de socorro. Decide atender esse pranto e descobrir de onde ele vem. Mas que encontro se esconde no edifício que habitamos?