Ele fala em “vontade do povo”, mas logo cai em contradição. Exalta-se. Perde o controle. Quebra liturgias. Há instabilidade, ruído, vozes dissonantes. Parece 2020, mas é 1968 nas lentes de Andrea Tonacci, indispensável cineasta brasileiro
O inescapável A hora do lobo está em cartaz no Sesc Digital. Um casal em uma ilha deserta, um pintor que começa a ver figuras, a esposa tentando arrancá-lo da loucura. No rosto de Liv Ullmann, em plano fechado, síntese da obra do cineasta sueco
Se foi recentemente, aos 94 anos, artista que corporificou o cinema de arte. Interpretou desde o papa até marquês de Sade, com diretores gênios como Buñuel, Godard, Hitchcock e Scolla. Em sua atuação, sempre uma dimensão oculta de mistério
Obras de dois mestres da literatura, falecidos recentemente, viraram êxitos e fracassos no cinema. De Rubem Fonseca, foram 17 — nenhuma com sua vitalidade original. Já com Sérgio Sant’anna, um belo diálogo com suas inquietações