Documentário aborda a história do grupo mineiro que uniu ritmos – do jazz à viola caipira. Em vez de “voz de especialistas”, filme mostra o “clube” recordando casos, parcerias, encontros e composições – e a geografia afetiva da Belo Horizonte de ontem e hoje
Uma família feliz é um título irônico: por trás de um casal e filhos “de comercial de margarina”, fervilham ciúme, ressentimento e loucura. Entre reviravoltas, obra levanta uma questão: quando uma história sobre a crueldade passa a ser, ela mesma, cruel?
Documentários sobre Nelson Pereira dos Santos e Roberto Farias exaltam uma expressão fecunda do cinema nacional. Recheados de trechos de filmografia rara, resgatam a busca por democratizar a linguagem audiovisual e expandir seu êxito nas camadas populares
No casarão da mãe entrevada, a filha que a cuida recebe a visita das irmãs. Em atmosfera de mistérios, Tia Virgínia é um drama doméstico onde a loucura, o humor e o horror brotam do cotidiano. Destaca-se a atriz Vera Holz, talvez no papel de sua vida
Cineasta buscou o sofisticado no simples. Colocou a palavra e a imagem em pé de igualdade. Parecia sugerir que, se nos concentrássemos mais em ouvir, veríamos melhor. Talvez os filmes do espanhol Victor Erice possam dar pistas para entender sua obra…
O Festival do Rio traz uma safra de doze cinebiografias. As de “cinéfilos” vão de Grande Otelo a Nelson Pereira dos Santos. Vistas em conjunto, iluminam e mapeiam a história do nosso cinema, com todas as suas carências e potencialidades
Em cartaz, dois documentários do diretor cearense Karim Aïnouz. Um é o seu acerto de contas com o pai ausente, buscando-o num delírio febril, entre o fluido e o concreto, até a Argélia. No outro, o mesmo país, pelas lentes de uma jovem ativista
O pai negro, distante. A filha, também negra, em sua família branca. Mas não é um melodrama. Com poética urbana, filme aborda com força e sutileza o racismo e, através da desconstrução de certos aços afetivos, esboça outras redes de acolhimento