Em Café, Dona Jacira — mãe do rapper Emicida — transforma suas memórias em ato de cura. Livro insinua-se como convite a bolo com cafezinho literário, mas digestão é pesada: sua sensibilidade griô tece densas histórias de morte e resistências
O coração na ponta da caneta em duas poetas da periferia. Em gritos, sussurros, devoções e resistências, a intimidade como convite à diversidade que habita o eu, sem narcisismos, e a cantar a esperança diante da correria do mundo
Entre a rua e os vagões de trem, perrengues e celebrações, emerge a obra de Alessandro Buzo, destacado autor da Literatura Hip Hop. Nela, o bar, o futebol e o transporte público são, mais que paisagem, elementos para articular as quebradas
Paisagem poética de duas autoras da periferia. Uma trafega por cidade insone, entre a loucura e os amores de rolês. Outra, na potência do feminismo frente à opressão. Em ambas, corpo e lugar como campo de violações — e de resistência e libertação
Dois poetas mostram o vigor estético da literatura de periferia. Em um, pena reluzente, rigor formal e cortejo aos cânones — mas falta-lhe DNA da quebrada. Em outro, o lixo como elemento central — carregado de melancolia e sintaxe das ruas
Em duas escritoras da periferia, a ancestralidade renovada e o feminismo negro como forma de curar feridas — pessoais e coletivas. Maternidade e cabelo afro tornaram-se um convite a ver as raízes profundas como um canto de libertação
Na obra de dois poetas do chamado Fundão do Ipiranga, em São Paulo, os “códigos da favela”, o orgulho da comunidade e a rebeldia para enfrentar a segregação — principalmente pela Educação Popular e engajamento no movimento cultural
Em três poetas da periferia, publicados na Era Lula, versos de quem labuta diariamente, mas extravasa as inquietações sem o formalismo literário — com bom-humor, xaveco e fino olhar para as opressões, mas sem os punhos erguidos
Nas obras de duas autoras periféricas, um ato de emancipação. Racismo e machismo estruturais as calaram, mas na poesia encontram espaço para refletir sobre suas trajetórias e sentimentos — de forma crua, verdadeira e insurgente
Dois jovens poetas da periferia, um chamado à resistência do povo negro – sem panfletarismo. Em um, a tática de quilombagem e acumulação de forças; noutro, a rebelião. Em comum, a ideia de que margens fortes ditam os rumos dos rios