O que Paulo Freire tem a ver com o SUS?

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Por Leila Leal

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O dia de ontem marcou o centenário de Paulo Freire, o patrono da educação brasileira. Nascido em 1921 e falecido em 1997, Freire é um dos autores brasileiros mais lidos e reconhecidos no mundo, e segue sendo referência e inspiração para a construção de projetos emancipatórios de educação e de sociedade. Não à toa, o educador pernambucano virou alvo preferencial da propaganda ultraconservadora bolsonarista nos últimos anos. 

Mas, se o ódio e a ignorância atravessam gerações – Freire foi perseguido, preso e exilado durante a ditadura empresarial-militar de 1964 a 1986 –, suas contribuições mais ainda. E são parte também dos esforços de construção do SUS, integrando o projeto da educação popular em saúde. O especial lançado pela Escola Politécnica da Fiocruz recupera essa história, que é indissociável da própria trajetória da Reforma Sanitária brasileira. 

O enfrentamento à “concepção bancária” da educação – aquela que entende o aluno como um depósito, um ser vazio que apenas recebe passivamente algo pronto – se expressou no campo da saúde ajudando a entender e transformar os espaços envolvidos no processo de saúde e doença. Isso ajudou a repensar a relação entre profissionais e usuários dos serviços de saúde e constituir um campo que busca, até os dias de hoje, avançar na implementação dessa proposta tanto na formação dos trabalhadores que atuarão no SUS como no trato com a população nas próprias unidades de saúde. 

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