Outros Quinhentos: os mais lidos e procurados de 2023

Neste ano, quem apoia nosso programa de financiamento colaborativo concorreu a livros, revistas, cursos, cestas agroecológicas e ingressos para espetáculos de música, teatro e cinema. Relembre conosco e veja quais foram as contrapartidas mais concorridas

Henri Matisse. Interior with a Young Girl (Girl Reading). Paris 1905-06. Fonte: The Museum of Modern Art.

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Quem apoia financeiramente o jornalismo de Outras Palavras através de nossa rede de economia solidária, que fica hospedada em apoia.se/outraspalavras/, só tem a ganhar!

Você ganha de várias maneiras. Uma delas é poder contribuir com a continuidade de um projeto de jornalismo independente que busca intervir no debate social nas mais diversas esferas da vida. Nosso objetivo não é apenas observar e relatar os acontecimentos na ilusão de ser um comunicador imparcial. Sabemos que a sociedade é construída de classes e hierarquias e que a vida tem sido um embate cotidiano entre elas. Por isso, assumimos uma perspectiva e buscamos participar da construção de um horizonte em que essas desigualdades possam ser superadas, um horizonte pós-capitalista.

Como fazemos isso? Mergulhando profundamente nos assuntos, buscando valorizar a pesquisa e pesquisador@s comprometidos com esse mesmo horizonte, adentrando o debate com coragem.

Mas além de contribuir para manter esse projeto de pé – ou seja, sendo parte dessa potente estrutura –, quem financia nosso portal concorre a inúmeras contrapartidas oferecidas por nossa rede de parcerias.

Editoras, revistas, fazendas agroecológicas, plataformas de streaming e cursos online, casas de espetáculos culturais, distribuidoras e cinemas compõem esse quadro, oferecendo descontos e gratuidades, e quem aprecia é você. 

Outros Quinhentos é Outras Palavras

Através de nossa editoria de cultura, que carinhosamente apelidamos de Outros Quinhentos, sorteios regulares (realizados todas as semanas!) de livros, revistas e cursos, são anunciados.

Nossa equipe faz uma seleção cuidadosa dos materiais, no intuito de levar a quem nos lê apenas o que há de mais interessante no mundo da arte, da cultura e da reflexão política.

Breves resenhas, comentários e até mesmo trechinhos/pedacinhos desses achados, são disponibilizadas em nossa editoria. Cada matéria vem acompanhada de um sorteio, oferecido especialmente para quem contribui financeiramente com a realização desse projeto. Essa foi a maneira singela que encontramos de agradecer pelo esforço de cada pessoa que trilha esse caminho conosco.

Se você já contribui com Outras Palavras, queremos agradecer por seguir nos lendo e apoiando nesse ano de muitos desafios. Se ainda não contribui, mas se interessa em fazer parte desta corrente de ideias arejadas e arrojadas, acesse apoia.se/outraspalavras/, escolha um plano e seja Outros Quinhentos!

Selecionamos as matérias mais lidas do ano e os sorteios que atraíram maior número de participantes em 2023, para refrescar um pouco a memória. Como você verá, no Outros Quinhentos trabalhamos com muito esmero para garantir a quem nos lê acesso às ideias que colaboram com a formulação de horizontes pós-capitalistas para o país e o mundo. Que tal apoiar financeiramente Outras Palavras e concorrer semanalmente a regalos como esses?

Dito isso, fique agora com nossa retrospectiva do melhor de 2023: 

AS CINCO MAIS LIDAS

1 – “Sobre desejo e prazer em Deleuze e Foucault”

A Revista Cult, dentre muitos de seus arrojados cursos online, ofereceu esse ano o curso Desejo e Prazer: Deleuze x Foucault. Ministrado por Ernani Chaves, o curso buscou investigar o embate intelectual travado entre esses dois grandes filósofos quanto aos conceitos de desejo e prazer. Observando em suas minúcias, suas aproximações e distâncias. Leia mais.

2 – “A pirataria de livros que pariu a Revolução Francesa”

A Editora Unesp, lançou no começo desse ano esse interessantíssimo livro que descreve o comércio clandestino de livros na Europa do século XVIII que fez circular as principais obras do Iluminismo, acendendo a chama revolucionária na França. Na obra, Pirataria e publicação – o comércio de livros na era do Iluminismo e o historiador norte-americano Robert Darnton, voltou ao século XVIII para identificar as redes de publicação e comercialização clandestinas de livros que nasceram em paralelo ao surgimento do negócio editorial na Europa, demonstrou como elas foram centrais para a disseminação das ideias iluministas. Leia mais.

 3 – “A nova topologia da exploração”

A palavra burguesia evoca que imagem em sua mente? Talvez, a imagem que venha seja a do clássico “homem de colarinho branco” ou até mesmo o velhinho do jogo Monopoly, de fraque, cartola e bengala. Porém, será que esse imaginário representa os exploradores de nosso tempo? Esse estrondoso lançamento da sobinfluencia veio para estremecer o debate da economia política. A obra de McKenzie Wark, O Capital Está Morto, expõe como as tecnologias moldaram novas classes e propõe um olhar atualizado e ampliado sobre as novas formas de produção da exploração. Entre vetorialistas e hackers, de que lado você está? Leia mais.

4 – “Michael Parenti: por trás do fascismo, o grande capital”

Nos últimos anos, as ideias de Michael Parenti têm ganhado popularidade entre jovens de esquerda. Após toda uma vida nadando contra a corrente, o historiador radical norte-americano encontrou um público que valoriza suas sempre contundentes intervenções orais e escritas. Da ascensão de Mussolini e Hitler, aos golpes no pós-guerra e a privatização selvagem nos anos 90, o pesquisador denuncia o que todos esses acontecimentos têm em comum na obra Os camisas negras e a esquerda radical – o fascismo racional e a derrubada do comunismo, publicada pela editora Autonomia Literária. Leia mais.

5 – “Enheduana, primeira poetisa da história”

Há 4.000 anos, no império mesopotâmico, uma princesa, poeta e sacerdotisa exilada, assinava o primeiro texto literário na história da humanidade. O nome da responsável por esse ato carregado de força? Enheduana. De seu exílio, a poeta clamava o auxílio dos deuses – ou, mais precisamente, da Deusa: Inana. A sobinfluencia apareceu mais uma vez em nosso pódio dos mais lidos com a obra Inana – antes da poesia ser palavra era mulher. O livro resgata os primeiros escritos da história da humanidade. Entre eles, a primeira poesia assinada de que se tem registro, de autoria feminina. Não é à toa que o livro foi um dos finalistas deste ano no prêmio Jabuti, na categoria de melhor tradução. Leia mais.

Muito lidas também:

6 – “As principais revoluções da história, em quatro aulas” (Caixa de Ferramentas)

7 – “A poesia insurgente de Lawrence Ferlinghetti” (Editora 34)

8 – “Em busca de uma psicanálise revolucionária” (Revista Cult)

9 – “O pensamento-quilombo de Beatriz Nascimento” (Ubu Editora)

10 – “Para compreender a arrojada estratégia chinesa” (Boitempo Editorial)

11 – “Caio Prado Júnior no país dos sovietes” (Boitempo Editorial)

12 – “Economia para mudar o mundo, um manual” (Autonomia Literária)

OS CINCO MAIS COBIÇADOS

1 – Contos completos, de Virginia Woolf

Desde criança, escrever já era quase como um ofício: junto de sua irmã e de seu irmão, escrevia e distribuía o jornalzinho Hyde Gate Park entre seus familiares. Foi devorando a extensa biblioteca de seus pais que cresceu a grande Virginia Woolf, autora que ajudou a abrir novos caminhos para literatura, mas também para o feminismo contemporâneo. Esse ano a Editora 34 lançou obra que reúne todos os contos e esquetes da escritora inglesa que revolucionou o romance moderno. O volume é um deslumbrante passeio por sua produção, do primeiro ao último texto, finalizando com um escrito de 1941, escrito semanas antes de sua morte… Leia mais.

2 – Os líderes e as massas, de Antonio Gramsci

Os líderes e as massas é o terceiro livro da coleção Escritos gramscianos. Organizada por nossos parceiros da Boitempo Editorial, a coleção busca ampliar a bibliografia disponível em português da vasta obra do pensador marxista italiano. O volume reúne textos – a maioria nunca publicados no Brasil – do período de amadurecimento intelectual do pensador, quando liderou a formação do Partido Comunista Italiano. Leia, com exclusividade, a apresentação.

3 – A fratura brasileira do mundo – visões do laboratório brasileiro da mundialização, de Paulo Arantes

Operando nas disjuntivas exploradas por Roberto Schwarz em seus escritos sobre a formação nacional e antes ainda por outros autores, na obra publicada pela Editora 34, o professor de Filosofia da USP observa: durante todo o século XX, a consigna “Brasil, país do futuro” hegemonizou nosso imaginário político, se orientando por noções de desenvolvimento, prosperidade e bem-estar que inevitavelmente chegariam até o nosso berço esplêndido por razões assentadas em umas ou outras características de nossa sociedade. Da direita à esquerda, de Gilberto Freyre a Celso Furtado, encontram-se traços dessa esperança no devir nacional. Leia mais.

4 – Economia solidária – introdução, história e experiência brasileira, de Paul Singer

Seja por sua larga trajetória militante ou por suas originais contribuições teóricas, Paul Singer é uma das principais referências políticas de amplos setores da esquerda brasileira. No ano passado, na ocasião dos 90 anos de seu nascimento, nossos parceiros da Editora UNESP, junto dos familiares do economista de origem austríaca, começaram a lançar a Coleção Paul Singer, reeditando algumas de suas principais obras e reunindo escritos dispersos. Esse volume reúne os principais escritos do economista sobre a proposta a que mais se dedicou em vida. No cerne de sua visão, a ideia de que a cooperação econômica do povo semeia a superação do capitalismo. Leia mais.

5 – O cupom falso, de Lev Tólstoi

Nos extensos romances de Guerra e Paz e Anna Kariênina, Lev Tolstói demonstra sua genialidade em explorar temas complexos, que vão desde as minúcias das contradições da condição humana até às latentes contradições de classe da sociedade de sua época. No entanto, a alma inquieta do escritor buscou desenvolver e retratar esses temas de maneira apurada também em narrativas mais breves como as novelas. A Editora 34, publicou esse ano essa obra póstuma do autor que, fascinado pela sétima arte, sintetiza em uma novela de trama quase cinematográfica sua busca incessante por justiça e verdade. Leia mais.

Muito cobiçados também:

6 – Experiência e Pobreza – Walter Benjamin em Ibiza, 1932-1933, de Vicente Valero. (Editora 34)

7 – Quilombo na cozinha – Receitas tradicionais quilombolas, de Comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira.

8 – Cult #297| O dilema da inteligência artificial, organizado por Lucia Santaella. (Revista Cult)

9 – História e consciência de classe, cem anos depois, organizado por José Paulo Netto. (Boitempo Editorial)

10 – Utopias Piratas, de Peter Lamborn Wilson (Autonomia Literária)

11 – Arrigo, de Marcelo Ridenti (E-book) (Boitempo Editorial)

12 – Cooperativismo de plataforma, de Trebor Scholz (Fundação Rosa Luxemburgo)


Se você se interessa por esses temas, esses livros e essa visão de mundo, não perca tempo. Entre em apoia.se/outraspalavras/, colabore conosco e faça parte de uma rede de economia solidária e financiamento coletivo que passa para frente as ideias pós-capitalistas que precisamos para superar a crise. 

Em 2024, seguiremos em frente com os sorteios, descontos e gratuidades para os leitores que contribuem conosco – venha com a gente e desfrute dessas contrapartidas por seu apoio ao jornalismo independente e sem catracas!

Obrigado por ler Outras Palavras em 2023 e nos vemos no Outros Quinhentos em 2024!


Outras Palavras disponibiliza sorteios, descontos e gratuidades para os leitores que contribuem todos os meses com a continuidade de seu projeto de jornalismo de profundidade e pós-capitalismo. Outros Quinhentos é a plataforma que reúne a redação e os leitores para o envio das contrapartidas, divulgadas todas as semanas. Participe!

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