Um século de Lukács

Livro recém lançado pela Boitempo Editorial reúne textos de treze pensadores sobre a obra História e consciência de classe. Ecos da obra perduram no século XXI, cem anos após sua publicação. Leia o prefácio com exclusividade. Sorteamos 2 exemplares

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Há cem anos, o filósofo húngaro György Lukács lançava ao mundo sua profícua defesa do marxismo, História e consciência de classe, colocando-o entre os mais sérios, reconhecidos e referenciados pensadores marxistas de todos os tempos.

A obra, de tamanho e conteúdo monumental, reúne ensaios do filósofo que buscam diferenciar claramente o marxismo do que ele chama de marxismo vulgar – que seria sua versão rasa e resumida à fraseologias –, mas também da imutável e homogeneizadora ciência burguesa.

Além disso, no escrito, o autor também vai desenvolver amplamente um conceito muito utilizado até os dias de hoje, a reificação ou coisificação, compreendida pelo filósofo a partir de sua leitura acerca do fetichismo da mercadoria – uma das seções de O Capital.

É interessante observar que Lukács faz uma reconstituição do pensamento marxista, principalmente das categorias de alienação, antes mesmo dos escritos do jovem Marx terem sido publicados.

Lukács já era reconhecido por suas reflexões sobre estética e crítica literária, no entanto, foi ao compreender mais profundamente como aplicar a teoria marxista às suas análises, que sua teoria ganhou não só novos contornos como também adensadas estruturas, afinal, passou a observar a obra de arte em seu contexto social e histórico, em sua totalidade.

Escrito entre os anos 1919 e 1922, e publicado em 1923, História e consciência de classe, celebra esse ano cem anos de sua publicação. Fazendo jus ao autor: como observamos hoje, um século depois, sua obra em seu contexto social e histórico? Figura ali algo além do que apenas sua importância documental, diferentemente do que nos disse o próprio autor alguns anos depois em crítica à sua própria análise?

Essas e outras questões permeiam os treze escritos que compõem o livro História e consciência de classe, cem anos depois, organizado por José Paulo Netto e lançado esse ano pela Boitempo Editorial.

Outras Palavras e Boitempo Editorial irão sortear dois exemplares de História e consciência de classe, cem anos depois, organizado por José Paulo Netto, entre quem apoia nosso jornalismo de profundidade e de perspectiva pós-capitalista. O sorteio estará aberto para inscrições até a terça-feira do dia 19/12, às 14h. Os membros da rede Outros Quinhentos receberão o formulário de participação via e-mail no boletim enviado para quem contribui. Cadastre-se em nosso Apoia.se para ter acesso!

Assinam os artigos Antonino Infranca, Eduardo Sartelli, Guido Oldrini, Henrique Wellen, Koenraad Geldof, Lucien Goldman, Marcos Nobre, Mauro Luis Iasi, Michael Löwy, Nicolas Tertulian, Ricardo Musse e Slavoj Žižek. Celso Frederico é o autor do prefácio.

Os textos, alguns deles nunca traduzidos para o português, foram reunidos junto de outras informações de natureza histórica e bibliográfica nem sempre facilmente localizáveis.

Fiquem agora com o prefácio da obra escrito pelo professor da Universidade de São Paulo Celso Frederico. 

Boa leitura!


Prefácio

Dialética e reificação – Celso Frederico

Cem anos depois, História e consciência de classe (HCC) continua sendo a obrade filosofia marxista mais influente da história. A paixão revolucionária presente nos diversos ensaios que compõem o livro, escritos entre 1919 e 1922, exerceu um fascínio duradouro que não deixa o leitor indiferente. Fruto do impacto da Revolução Russa e da expectativa de seus desdobramentos na Europa, HCC é um ajuste de contas com o reformismo na política e na teoria. Contra a perspectiva evolucionista, que defendia o caminho pacífico para a transição ao socialismo, a Revolução Russa era uma realidade candente ao colocar a perspectiva revolucionária novamente na ordem do dia. Contra o determinismo mecanicista que orientava a Segunda Internacional, a dialética, a luta dos contrários, foi chamada à cena. A crítica da visão linear da história, do reformismo e do mecanicismo conduziu a uma surpreendente redescoberta da dialética. O empenho, nesse momento, consistia em realçar o caráter revolucionário do método e descartar o sistema conservador que o envolvia e tolhia o subversivo desenvolvimento da dialética.

Hegel, até então tratado como “cachorro morto”, como disse em seu tempo Marx, era agora reabilitado em nome da revolução. Na Rússia revolucionária dos anos 1920 travou-se uma disputa sobre o significado da dialética. Entre seus defensores (os “dialéticos”), destacava-se Deborin, e entre os “mecanicistas”, L. I. Akselrod. Paralelamente, na Alemanha, Karl Korsch publicou Marxismo e filosofia [1]. Na Itália, Gramsci, preso em 1926, criticava o pensamento não dialético de Bukharin e, ao mesmo tempo, procurava diferenciar-se de seu antigo mestre, Croce, representante maior do hegelianismo na filosofia e do liberalismo na política.

Revolução e dialética, então, passaram a caminhar juntas. Lênin, no texto que ficou conhecido como o seu Testamento, fez uma surpreendente crítica a Bukharin, o mais querido entre os bolcheviques. Apesar de realçar seus méritos, Lênin considerava-o incapaz de dirigir o Estado Soviético porque “jamais estudou e creio que jamais compreendeu por completo a dialética”[2]. Não deixa de ser significativo, embora muito estranho, que, para dirigir o Estado, fosse necessário estudar e compreender a dialética…

De todas essas tentativas de aproximação de Marx com Hegel, a mais ousada é HCC. No “Posfácio” de 1967 – assim denominado na edição portuguesa, de 1974 –, Lukács observou que o livro foi escrito “no mais puro estilo hegeliano”, pois

o seu fundamento filosófico último é constituído pelo sujeito-objeto idêntico realizando-se no processo histórico. É verdade que no próprio Hegel o sujeito-objeto nasce por via lógico-filosófica, atingindo o espírito absoluto, o grau supremo da filosofia, com o recolher da alienação [Entaeusserung], com o regresso a si mesmo da consciência de si, realizando assim o sujeito-objeto idêntico. Para História e consciência de classe, pelo contrário, este processo deve ser social e histórico, e culmina no fato de o proletariado atingir este estádio na sua consciência de classe ao tornar-se sujeito-objeto idêntico da história. [3]

A pretendida identidade, que em Hegel se realizaria no longínquo momento do Espírito Absoluto, em Lukács era uma realidade efetiva anunciada pela revolução de 1917. Unidade sujeito-objeto, passagem do reino da necessidade para a liberdade, fim da alienação, realização da filosofia… Este último ponto chamou a atenção de Trótski em 1928. Às voltas com a dura realidade e o desafio de construir o socialismo, ele lembrou no texto “As tendências filosófica do burocratismo” que Lukács

arriscou-se a anunciar que, com o início da Revolução de Outubro, que representava o salto do reino da necessidade para o reino da liberdade, o materialismo histórico havia deixado de existir e havia deixado de responder às necessidades da era da revolução proletária. Não obstante, rimos muito com Lênin desse descobrimento, que, para dizer moderadamente, era, pelo menos, prematuro. [4]

A ironia do revolucionário logo mais seria substituída pela censura. Lukács foi acusado de idealista por considerar a natureza uma categoria social, de negar a teoria do reflexo, de desviar-se da ortodoxia em sua crítica a Engels, de ser voluntarista etc. Quanto à dialética, Stálin instituiu o diamat em 1938 como doutrina oficial: Hegel, então, passou a ser considerado o teórico da Restauração, portanto um filósofo reacionário que nada tinha a ver com o marxismo.

Sofrendo pressão de todos os lados, Lukács renegou a obra em diversas auto-críticas protocolares – condição, segundo ele, para continuar atuando no movimento comunista. A tentativa de defender a obra de seus críticos gerou o livro Reboquismo e dialética, não publicado à época, saindo apenas em 1996 na Hungria (a edição da Boitempo é de 2015) [5]. A ruptura com as ideias de HCC, entretanto, só se efetivou a partir dos anos 1930, quando Lukács leu pela primeira vez os Manuscritos econômico-filosóficos de Marx [6]. A partir de então, Lukács procurou desvencilhar-se do idealismo hegeliano e caminhar rumo a uma concepção ontológica e materialista.

Além da defesa da dialética, há outro conceito no livro destinado a fazer história no pensamento social do século XX: reificação, conceito também presente no livro de Isaak Illich Rubin, A teoria marxista do valor [7].

Marx, no capítulo sobre o fetichismo da mercadoria de O capital, ao estudar a transação econômica, havia denunciado o caráter mistificador e desumanizante do capitalismo. Lukács retomou o tema e o ampliou para todas as esferas da vida social, pois, para ele, a relação mercantil no capitalismo era “o protótipo de todas as formas de objetividade e de subjetividade” [8]. Desse modo, as relações entre base e superestrutura passaram a ser moldadas pelo processo de reificação – uma novidade nas interpretações de Marx, que posteriormente orientaria o pensamento de Adorno.

Outras Palavras e Boitempo Editorial irão sortear dois exemplares de História e consciência de classe, cem anos depois, organizado por José Paulo Netto, entre quem apoia nosso jornalismo de profundidade e de perspectiva pós-capitalista. O sorteio estará aberto para inscrições até a terça-feira do dia 19/12, às 14h. Os membros da rede Outros Quinhentos receberão o formulário de participação via e-mail no boletim enviado para quem contribui. Cadastre-se em nosso Apoia.se para ter acesso!

A teoria da reificação, em HCC, é conectada com o processo de racionalização, tal como desenvolvido pelo antigo mestre de Lukács, o sociólogo Max Weber.

Essa junção de reificação e racionalização, de Marx e Weber, fez de HCC o marco de uma corrente de pensamento que Merleau-Ponty batizou de “marxismo weberiano”.

Apoiando-se em Marx, Lukács desenvolve a tese segundo a qual a reificante relação mercantil capitalista “penetra cada vez mais profundamente, fatalmente, constitutivamente, na consciência dos homens” [9]. Além dessa invasão na subjetividade humana, o processo de racionalização – e aqui Lukács acompanha Weber – abarca também todas as instituições sociais: Estado, direito, administração, burocracia etc.

A aproximação de autores tão diferentes foi saudada com entusiasmo por alguns estudiosos como Michael Löwy, no livro A jaula de aço [10], que celebra as “afinidades eletivas” entre ambos. Foi também incorporada no refinado ensaio de Ricardo Musse, reproduzido neste volume, que acompanha pari passu o movimento da reificação e das antinomias do pensamento burguês, interpretando HCC como momento decisivo na superação dos impasses que paralisavam o desenvolvimento da filosofia moderna.

Entre os críticos da “weberização” de Marx, encontramos, entre outros, um discípulo de Lukács, István Mészáros, o qual arma que “o mito da ‘racionalidade’” teria “embotado o senso crítico de Lukács” [11], fazendo-se presente inclusive em Ontologia do ser social [12]. Mészáros lamenta o fato de seu antigo mestre nunca ter se livrado totalmente do fantasma de Weber.

Seja qual for a posição tomada, há um aspecto decisivo a ser ressaltado: a junção dos dois autores possibilitou a passagem da crítica da economia política à crítica da cultura. Foram muitos os autores que seguiram esse deslocamento, formando uma corrente que passou a ser conhecida como “marxismo ocidental”.

Lucien Goldmann, por exemplo, retomou a teoria da reificação-racionalização para, com ela, fundamentar sua sociologia da cultura. A esse veio teórico acrescentou as ideias do Lukács pré-marxista contidas nos livros A alma e as formas [13] e a A teoria do romance [14].

Os teóricos de Frankfurt, tendo à frente Theodor Adorno, construíram uma teoria social, a “teoria crítica”, para com ela fazer um diagnóstico profundo do mundo ocidental. Adorno produziu textos brilhantes de crítica literária, de música, de estética e uma implacável crítica da indústria cultural. A vinculação com a tradição hegeliana, entretanto, coabita cognitivamente em sua obra com a recusa da identidade sujeito-objeto, da reconciliação. Esse é o fundamento da “dialética negativa” desse autor, uma dialética que rejeita a unificação dos contrários, a apaziguadora síntese. Nas últimas décadas, o legado adorniano vem sendo atualizado por Fredric Jameson em suas pesquisas sobre o pós-modernismo.

Em direção contrária, os adversários da dialética hegeliana dirigiram críticas iradas a Lukács. Todo o pensamento estruturalista francês voltou-se contra aquilo que eles chamavam de “lógica da identidade”. O representante marxista dessa corrente, Louis Althusser, encampou essa crítica originariamente voltada à fenomenologia e ao existencialismo. Contra a “lógica da identidade”, que segundo a fenomenologia permitia a passagem da experiência para o conhecimento, Althusser propõe o “corte epistemológico”. Não haveria, assim, o trânsito entre o vivido e o conhecimento (“lógica da identidade”, “unidade dos diversos”), mas uma ruptura epistemológica. A ciência não reflete o real, a realidade vivida, ela não reproduz o objeto: ao contrário, o objeto passa a ser construído pelo pesquisador. Expurgada a herança hegeliana incrustrada na obra de Marx, o marxismo deveria transformar-se num discurso científico.

Outra vertente crítica do hegelianismo desenvolveu-se na Itália com Galvano Della Volpe e seus discípulos, Lucio Coletti, Mario Rossi e Mario Dal Pra. A referência aqui não é a apropriação de Hegel pelo existencialismo, mas a crítica da tradição historicista italiana representada principalmente por Croce e Gramsci. Nesta, todo conhecimento é conhecimento histórico, já que a natureza não é vista como dura alteridade, mas como uma categoria social, tal como em HCC. A defesa do caráter científico e do materialismo voltou-se contra o historicismo hegeliano, o humanismo e a teoria da alienação. O vínculo Hegel-Marx é enfaticamente negado e a “dialética especulativa” do primeiro, que partia do abstrato ao concreto para retornar ao abstrato, é substituída pela “dialética científica” de Marx, exemplificada pelo movimento “concreto-abstrato-concreto”, tal como interpreta Della Volpe na “Introdução” de 1857 à Crítica da economia política [15]. Marx, segundo a arma, nada deve a Hegel e à sua dialética, pois seguia o método científico inaugurado por Aristóteles e Galileu, baseado no princípio da não contradição que orienta as ciências experimentais.

Das formas mais diversas possíveis, HCC conduziu o debate intelectual do século XX e continua a desafiar o pensamento social no novo século.

Um livro com essa força bem merece ser celebrado. A competência e a erudição de José Paulo Netto souberam recolher textos relevantes sobre HCC. As análises tão diferentes de Lucien Goldmann, Michael Löwy, Nicolas Tertulian, Slavoj Žižek, Marcos Nobre, Koenraad Geldof, Mauro Luis Iasi, Eduardo Sartelli, Antonino Infranca, Henrique Wellen, Guido Oldrini e Ricardo Musse foram convocadas para oferecer um panorama completo de um livro centenário que continua desafiando a inteligência de seus leitores.


[1] Karl Korsch, Marxismo e filosofia (trad. José Paulo Netto, Rio de Janeiro, Editora UFRJ, 2008). (N. E.)

[2] “El testamiento de Lenin”, em V. I. Lenin, Obras escogidas, t. 3 (Moscou, Progresso, 1979), p. 763-89. (N. E.)

[3] G. Lukács, História e consciência de classe (trad. Telma Costa, Lisboa, Escorpião, 1974), p. 362. (N. E.)

[4] Léon Trotsky, “Las tendencias losócas del burocratismo”, disponível em: ; acesso em: 2 mar. 2023. (N. E.)

[5] G. Lukács, Reboquismo e dialética: uma resposta aos críticos de História e consciência de classe (trad. Nélio Schneider, São Paulo, Boitempo, 2015). (N. E.)

[6] Karl Marx, Manuscritos econômico-filosófico (trad. Jesus Ranieri, São Paulo, Boitempo, 2004). (N. E.)

[7] Isaak Illich Rubin, A teoria marxista do valor (trad. José Bonifácio de S. Amaral Filho, Polis, 1987). (N. E.)

[8] G. Lukács, História e consciência de classe, cit., p. 97. (N. E.)

[9] Ibidem, p. 108. (N. E.)

[10] Michael Löwy, A jaula de aço: Max Weber e o marxismo weberiano (trad. Mariana Echalar, São Paulo, Boitempo, 2014). (N. E.)

[11] István Mészáros, Para além do capital: rumo a uma teoria da transição (trad. Paulo Cezar Castanheira e Sérgio Lessa, São Paulo, Boitempo, 2002), p. 412. (N. E.)

[12] G. Lukács, Ontologia do ser social: a falsa e a verdadeira ontologia de Hegel (trad. Carlos Nelson Coutinho, São Paulo, Ciências Humanas, 1979). (N. E.)

[13] G. Lukács, A alma e as formas (trad. Rainer Patriota, Belo Horizonte, Autêntica, 2015). (N. E.)

[14] Idem, A teoria do romance: um ensaio histórico-filosófico sobre as formas da grande épica (trad. José Marcos Mariani de Macedo, São Paulo, Duas Cidades/Editora 34, 2000). (N. E.)

[15] Galvano Della Volpe, Rousseau e Marx: a liberdade igualitária (Lisboa, Edições 70, 1982). (N. E.)


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