Arlete Mendes e Zá Lacerda têm estilos distintos e trajetórias diversas – mas compartilharam vivências num sarau em um boteco de quebrada. E seus poemas de primavera são impregnados de vida em elevadas elaborações estéticas
Em dois livros de poetas da periferia, a desconstrução e a incompletude que se reflete em versos pessoais e imagens da cidade, ora sombrios, ora oníricos. Literatura de combate — que primeiro derruba; depois ajudar a juntar os cacos
Em duas autoras periféricas, já falecidas, a infância pobre, mas convidativa à fabulação e à escrita. Pelas arte e ancestralidade africana, entre Carolinas e Dandaras, aflora a rebeldia negra — e um chamado à paz, mesmo que custe guerras
“Tão soberbas manhãs que chega a propiciar efusão íntima abrir o diário, apesar das mazelas universais, não topasse o calhau perdido de um político perdido de uma província perdida de um país perdido que quis ser enterrado de pé”
Os miolos moles de um fascista, em vãs conversas. As feridas diárias, por vezes sem direito a pontos. O livro como força criativa da humanidade — resistirá, após séculos, junto às baratas? Seis peças curtas sobre a vida frente ao horror de cada dia