Atravessadas por questões de gênero, raça e classe, suas personagens não se adequavam. Seus olhares desviantes nos encontram até hoje, na violência, na dor e na inferiorização. Mas também na busca por uma sociedade livre de injustiças
Em duas autoras periféricas, já falecidas, a infância pobre, mas convidativa à fabulação e à escrita. Pelas arte e ancestralidade africana, entre Carolinas e Dandaras, aflora a rebeldia negra — e um chamado à paz, mesmo que custe guerras
Nos primeiros anos do século, despontam dois livros de poesia que vibram em ritmo distinto ao do Hip Hop dos anos 90. Há valorização da vida nas quebradas, retratos da infância, festividades, erotismo – sem negligenciar suas mazelas
O escritor que marcou nossa dramaturgia — em uma singela conversa após uma aula-espetáculo. Entre causos, o amor à cultura popular e seus vários “joão-grilos” — e um olhar singular sobre tecnologias, arte política e a identidade brasileira
Seu divagar vagaroso traz destroços de naufrágios — os próprios e os do país. No método de criação, o hábito caipira de cismar, com cafés e manhãs. Em lucubrações, a busca pela palavra justa e o trabalho de cão, mesmo em tempos difíceis para a Literatura
As pragas como metáfora ou como registro histórico aparecem em obras desde o século VI, mais marcadamente após a Idade Média. Peste negra, cólera, Aids… coronavírus: pensamentos e citações de quando as letras encontram a morte
Em três livros de autores periféricos, um acerto de contas com o passado: a prostituta de luxo, o poeta-mochileiro e a escritora que recorda. No impulso das obras: revolta, conquista e rancor. No respectivo agir, resignação, desgosto e dor
Com olhar agudo, Ricardo Lísias está acostumado a acosso jurídico às suas sátiras políticas. Processado por Eduardo Cunha, analisa: censura e atentados à liberdade de expressão vêm de provincianismo com as artes — tanto de juízes quanto poderosos