Em duas escritoras da periferia, a ancestralidade renovada e o feminismo negro como forma de curar feridas — pessoais e coletivas. Maternidade e cabelo afro tornaram-se um convite a ver as raízes profundas como um canto de libertação
Em duas autoras periféricas, já falecidas, a infância pobre, mas convidativa à fabulação e à escrita. Pelas arte e ancestralidade africana, entre Carolinas e Dandaras, aflora a rebeldia negra — e um chamado à paz, mesmo que custe guerras
Em dois escritores (um deles, homônimo de famoso membro do PCC), relatos densos sobre o Massacre do Carandiru — e o cotidiano de torturas no sistema penitenciário. Mas, sob este inferno, há brechas para poesia e camaradagem entre presos
Na obra de dois poetas do chamado Fundão do Ipiranga, em São Paulo, os “códigos da favela”, o orgulho da comunidade e a rebeldia para enfrentar a segregação — principalmente pela Educação Popular e engajamento no movimento cultural
Duas autoras periféricas que fogem à estética de exaltação dos saraus. Com versos experimentais, densos e desterritorializados, elas expressam espantos e encantos, tentativas e erros — e, no entrepalavras, o silêncio como prece
Em duas autoras representativas do “movimento de poesia falada”, amores, identidade negra e aguerrida crítica ao machismo. Uma contundente forma de arte urbana, que conecta retórica à vida — e espanca e estanca os dramas da periferia
Em três poetas da periferia, publicados na Era Lula, versos de quem labuta diariamente, mas extravasa as inquietações sem o formalismo literário — com bom-humor, xaveco e fino olhar para as opressões, mas sem os punhos erguidos
Nos primeiros anos do século, despontam dois livros de poesia que vibram em ritmo distinto ao do Hip Hop dos anos 90. Há valorização da vida nas quebradas, retratos da infância, festividades, erotismo – sem negligenciar suas mazelas
Nas obras de duas autoras periféricas, um ato de emancipação. Racismo e machismo estruturais as calaram, mas na poesia encontram espaço para refletir sobre suas trajetórias e sentimentos — de forma crua, verdadeira e insurgente
Dois jovens poetas da periferia, um chamado à resistência do povo negro – sem panfletarismo. Em um, a tática de quilombagem e acumulação de forças; noutro, a rebelião. Em comum, a ideia de que margens fortes ditam os rumos dos rios