OutrasPalavras

Jornalismo de Profundidade e Pós-capitalismo

Análise de um jornalismo colonizado. Por condenar os crimes de Israel, Lula é tachado de “parcial e antiocidental”. Bairros palestinos são “redutos de terroristas”. O massacre de Gaza é “resposta” aos bárbaros. E as operações do Mossad tornam-se aventuras hollywoodianas…

Editoriais tentam enquadrar possível terceiro mandato de Lula. Exigem ministro “moderado” e agenda neoliberal, sem experimentos heterodoxos. Ou seja, querem a continuidade da terra arrasada sem os delírios bolsonaristas…

Dois pesquisadores analisam entraves para a divulgação científica sobre o gigante asiático. À esquerda e à direita do espectro político, imperam desinformação e eurocentrismo. E país desperdiça diálogos e trocas cruciais para seu futuro

Jornais atacam Bolsonaro mas, em defesa da oligarquia financeira, colocam-se à direita do presidente. Sem olhar crítico aos fatos, submetem-se às receitas que mantêm o país em marcha ré. Pouco importa a Economia real, desde que mercados triunfem

Desde 2015, país segue submisso as receitas de “sucesso” do neoliberalismo – e só anda para trás. Mas jornais seguem incapazes de fazer a cobertura crítica dos fatos econômicos – muito menos, de criar agenda alternativa. Há dois motivos principais

Páginas exaltam empresário, que seria notável e altruísta, arrependido de possuir mansão obscena. E ocultam a aproximação do banqueiro com a ditadura, os crimes de colarinho branco e os processos por sonegação de impostos e corrupção

Juiz “militante”. Advogados grampeados. Delações seletivas. Operações midiáticas. Revelações do Intercept confirmam denúncias antes ignoradas: Moro e Dallagnol violaram diversas leis para fazer política e sedimentaram caminho para Bolsonaro

Por que os jornais e TVs contribuem para chacinas como a de Campinas. De que modo Espanha, Argentina e outros países impedem a difusão gratuita do ódio

Governo Temer concentra verba publicitária oficial e, em cinco meses, multiplica repasses a grupos Globo, Folha e Abril – os que mais defendem Planalto

Por Pablo Antunes, no Observatório da Imprensa

Há anos, Noam Chomsky cunhou o termo “unpeople” (“não-pessoas”) para designar os que o poder global quer esquecer. É assim […]