Poeta que fundou a Cooperifa aborda o impacto da literatura periférica hoje – nas escolas, quebradas, presídios e até na “lista dos mais vendidos”. Como ela pode instigar outras visões da juventude sobre o futuro e seu lugar no mundo? “Distraídos, venceremos”, cita ele
Dos raps dos EUA aos saraus europeus. Da África negra aos sambas e pancadões. De slams ao cordel. As quebradas tudo assimilam e refazem. Seu vigor cultural e originalidade vêm de uma matriz popular urbana – antropofágica, brutal e vibrante
Marginal, dissidente, literarrua, poesia das ruas. As muitas denominações conotam sentimentos emergentes, que não se enquadram nos critérios canônicos. Suas duas grandes linhas, periférica e hip hop, com visões opostas dos arrabaldes
O coração na ponta da caneta em duas poetas da periferia. Em gritos, sussurros, devoções e resistências, a intimidade como convite à diversidade que habita o eu, sem narcisismos, e a cantar a esperança diante da correria do mundo
Dois poetas mostram o vigor estético da literatura de periferia. Em um, pena reluzente, rigor formal e cortejo aos cânones — mas falta-lhe DNA da quebrada. Em outro, o lixo como elemento central — carregado de melancolia e sintaxe das ruas
Em obras de Walner Danziger e Sergio Vaz, subjetivas cartografias de campinhos, vielas, escolas e rolês culturais. Nelas, o bairro é um lugar-personagem — e, mais que o trabalho, é elemento para a construção coletiva de sentimentos