China já vacinou metade de suas crianças
Estratégia de tolerância zero com a pandemia leva o país a acelerar imunização infantil. EUA e União Europeia buscam fazer o mesmo. Exportação de vacina é outro destaque asiático: China lidera, Coreia do Sul fica em quarto
Publicado 07/12/2021 às 12:47 - Atualizado 07/12/2021 às 12:52
Com mais de 70% de sua população vacinada, ou cerca de um bilhão de pessoas, a China está agora ampliando rapidamente a imunização do setor mais jovem da população, das crianças com idade entre 3 e 11 anos. Desde o final de outubro, já inoculou 84 milhões de meninos e meninas, cerca de metade da população nessa faixa etária, e pretende completar o trabalho até o final do ano, relata o New York Times.
Os pais não são obrigados a vacinar as crianças, conforme a reportagem, mas faz-se bastante pressão sobre eles: é comum terem de responder publicamente, às vezes por escrito, porque não vacinaram sua filha ou filho. Também os EUA, informa o jornal, estão vacinando jovens, e desde outubro imunizaram 2,6 milhões de crianças entre 5 e 11 anos, cerca de 10% dessa faixa de idade. A recomendação de vacinar a população estadunidense mais jovem foi feita no início de novembro pelos CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças).
Os Centros estimaram essa população em 28 milhões de crianças. Outros países estão vacinando ou planejam a vacinar as crianças, mostrou uma apuração da agência Reuters na semana passada. A União Europeia deve começar dia 13/12, uma semana antes do que havia planejado, seu programa infantil, na faixa de 5 a 11 anos. A Alemanha provavelmente começará a inocular menores de 12 anos no início de 2022, relatou a revista Deutsch Welle.
Outra notícia de destaque sobre a China, conforme cálculo da OMS (Organização Mundial de Saúde) é que, além de ter produzido vacinas para sua população – que recebeu cerca de 14, bilhão de doses – o país também liderou a exportação global de imunizantes, com mais 1,3 bilhão de doses. Isso representa 46% do total mundial. A União Europeia chegou em segundo, com 876 milhões de doses, os EUA vieram em seguida com 300 milhões. A Coreia do Sul surpreendeu chegando no quarto posto cm quase 129 milhões de doses.