Vacinas vão continuar a poupar vidas após a ômicron

Não há sinal de que imunizantes não vão funcionar, enfatizou Maria Van Kerkhove, da OMS. Em poucos dias, saberemos os riscos efetivos da nova variante, diz ela. E alerta: crescem os riscos do aumento dos contatos sociais. Porém, mortes tendem a estabilizar, mostra gráfico

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Líder do Programa de Emergências Sanitárias da OMS (Organização Mundial de Saúde), a epidemiologista Maria Van Kerkhove costuma ser taxativa a respeito da covid. Não há porque imaginar, por exemplo, que os atuais imunizantes vão perder a capacidade de evitar casos graves da doença e mortes devido à variante ômicron e sua frenética taxa de transmissão. Falando em uma entrevista, ontem, 1°/12, ela pediu aos repórteres que deixassem isso muito claro.

“Não há qualquer indicação sugere que as vacinas não funcionem, mesmo que tenham redução na eficácia”, explicou ela, alertando que “o que continua a impulsionar as infecções é o aumento do contato social no contexto do uso inadequado de medidas de saúde pública”. E são coisas simples, como usar máscara e evitar locais fechados. Ainda se sabe pouco sobre a ômicron. Mas, repetiu ela, “sabemos que as vacinas são incrivelmente eficazes na prevenção de doenças graves e de morte”, enfatizou.

As variantes ditas preocupantes são um dos problemas. E em alguns dias já se saberá se a ômicron, além de mais transmissível, é ou não mais perigososa que suas antecessoras. Também será preciso cuidar da crescente mobilidade social, do relaxamento de medidas de higiene, e da distribuição desigual de vacinas entre os países. Nesse rol, Maria parece ter razão: a mudança positiva no perfil da pandemia, como se vê no gráfico acima, está associada ao avanço da vacinação, com redução dos casos graves e perda de vidas. Há aumentos cíclicos no número de casos, mas as mortes tendem a estabilizar.

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