Desmatamento na Amazônia bate novo recorde e sobe 123% 

• Novo recorde no desmatamento • Política de covid zero na China • Cólera no Haiti • Racismo na saúde • Bibliotecas do Abrascão • DNA mais antigo encontrado •

.

Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) revelam que o desmatamento no bioma atingiu 555 km² no mês – o segundo pior da série histórica para novembro, atrás apenas do mesmo período em 2020. Ambos os recordes foram batidos no governo de Jair Bolsonaro; o último, a menos de dois meses do fim da gestão. O desmatamento na região aumentou 60% nos últimos quatro anos, enquanto as multas aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) caíram 38%. A atual gestão também diminuiu o financiamento do órgão e o desorganizou, segundo especialistas.

A mudança de política anticovid da China
Após massivas manifestações contra a permanência das medidas restritivas do Estado chinês no combate ao coronavírus, o governo passou a anunciar o afrouxamento progressivo das normas: isolamento de pessoas infectadas de suas famílias, assim como o fechamento de locais específicos e lockdown para cidades inteiras, não devem mais ocorrer.  O fim de ano, época de maior fluxo de viagens pelo território nacional – que poderia representar risco de aumento das infecções – deve ser acompanhado da aceleração da imunização da população idosa, segundo especialistas. 

A cólera avança no Haiti 

Até o final de sexta-feira (9/12), o país caribenho contava 283 mortos pela doença, enquanto a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou para a disseminação da enfermidade em todo o país, com o “aumento contínuo” de casos e óbitos. A desigualdade está impedindo o governo do país de combater a epidemia de forma efetiva, o que levou o órgão internacional a solicitar 145,6 milhões de dólares em doações – dos quais foram efetivamente recebidos apenas 23,5 milhões, o equivalente a 16%. A ameaça da cólera à saúde pública do Haiti está diretamente relacionada com a crise política vivida no país, motivada pelo descontentamento popular com o atual governo, conflitos entre gangues e tentativas de intervenções por parte de outros países. 

Racismo, ameaça direta à saúde

O racismo é um fator “profundo” e “insidioso” das desigualdades na saúde em todo o mundo e representa uma ameaça à saúde de milhões de pessoas, afirmou uma análise global publicada na revista Lancet. Racismo, xenofobia e discriminação são “influências fundamentais” na saúde em todo o mundo, mas têm sido negligenciadas por pesquisadores, formuladores de políticas públicas e profissionais da saúde, adverte o estudo, que descreve também as diversas maneiras pelas quais a discriminação afeta a saúde – incluindo reações dieretas do corpo ao estresse, moldando ambientes e limitando a possibilidade de individuos de cuidar da própria saúde. 

Abrasco divulga playlist de seu Congresso; confira especial do Outra Saúde

A Associação Brasileira de Saúde Coletiva lançou uma playlist em seu canal do youtube com uma coletânea de alguns dos principais debates e encontros que marcaram seu 13o Congresso. Realizado em Salvador entre 19 e 24 de novembro, o evento contou com cerca de 7 mil participantes que circularam pelo imenso Centro de Convenções de Salvador, inaugurado em 2020, e produziram uma agenda multifacetada de debates e oficinas de saúde pública e coletiva. O Outra Saúde também esteve presente e fez uma intensa cobertura dos diferentes temas que foram debatidos no Abrascão – como saúde digital, saúde indígena e direito à água. Clicando aqui, você pode conferir tudo que nossa equipe produziu durante o encontro.

DNA de 2 milhões de anos fala sobre mudanças climáticas

Cientistas da Universidade de Cambridge e da Universidade de Copenhagen extraíram do osso de um mamute siberiano um DNA de 2 milhões de anos, datado da Era do Gelo. O animal teria chegado à Groenlândia antes de ser extinto. Segundo os pesquisadores, o ecossistema naquele momento estava com temperaturas consideravelmente mais altas do que as de hoje para o mesmo local, com o clima semelhante ao que se espera no futuro, consequência do aquecimento global. Hoje, devido à ação humana, as mudanças climáticas ocorrem muito mais rápido, o que significa que organismos e espécies não têm tempo de adaptação, explicam cientistas.

Leia Também: