Brasil e mundo diante de novas ondas de calor

• Novas ondas de calor no Brasil • Gaza: milhares de casos de diarreia infantil • 98% dos pais afirmam ter vacinado seus filhos • Incentivo a doação de órgãos • Maconha medicinal já chega a 430 mil • Emergência pela gripe aviária •

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O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu alertas de que os próximos dias registrarão altíssimas temperaturas. Nesta sexta, os termômetros já devem marcar 5 graus acima da normalidade do período histórico. O Ministério da Saúde já emitiu uma série de recomendações de prevenção às pessoas, além de explicitar sintomas comuns de mal estar nessas condições, como dores de cabeça, tontura, náuseas. Doenças respiratórias e cardiovasculares também tendem a se manifestar com mais contundência em tais circunstâncias. Globalmente, os dados de temperaturas de outubro praticamente asseguram que 2023 se encerrará como o ano de temperaturas médias mais altas na história. As consequências têm sido um número cada vez maior e frequente de grandes tempestades, ciclones, enchentes e incêndios. Como já dito por especialistas, a atual aparição do fenômeno El Niño se estenderá até 2024, enquanto estima-se que outubro foi o mês mais quente dos últimos 120 mil anos. Em relação ao Brasil, as tendências de estiagem no norte do país e chuvas fortes no Sul devem se manter até janeiro.

Casos de diarreia em crianças de Gaza explodem

Enquanto inunda a mídia de corporativa de fake news, o estado colonial e genocida de Israel segue em sua ofensiva contra a população palestina. Além dos bombardeios a hospitais, inúmeros cuidados e intervenções médicas feitos sem materiais básicos de higiene e anestesia, médicos assassinados e ambulâncias alvejadas, a OMS relata 33 mil casos de diarreia infantil na cidade. “À medida que as mortes e os feridos em Gaza continuam a aumentar devido à intensificação das hostilidades, a intensa superlotação e a interrupção dos sistemas de saúde, água e saneamento representam um perigo adicional: a rápida propagação de doenças infecciosas”, explicou o órgão internacional. São pelo menos 10 mil palestinos mortos, sendo 4 mil crianças, e cerca de mil desaparecidos, sem contar os mais de 200 assassinados pelas forças de ocupação de Israel em 2023, antes da ofensiva do Hamas de 7 de outubro.

Mais indícios de retomada das altas coberturas vacinais

A Rede de Pesquisa Solidária em Políticas Públicas e Sociedade e da Fundação José Luiz Egydio Setúbal publicou resultados animadores de uma amostra de entrevistas com 2.129 adultos em relação à adesão à vacinação infantil. Entre os entrevistados, 61% têm filhos com 14 anos ou menos e, neste grupo, 97,8% afirmaram ter feito o esquema vacinal completo. Ao todo, verificou-se taxas de aceitação às campanhas de imunização de crianças e adolescentes de ao menos 80%. “Verifica-se baixa hesitação no Brasil em relação às campanhas de vacinação promovidas em escolas, com elevada adesão de pais e mães nas diferentes regiões do país. A resposta positiva dos pais à vacinação em escolas reforça a presença de altos níveis de confiança na segurança das vacinas aplicadas”, afirma o estudo.

Lula sanciona lei para incentivar doação de órgãos

Foi publicada no Diário Oficial da União nesta quarta, 9/11, a lei 14.722/2023, que institui a Política Nacional de Conscientização e Incentivo à Doação e Transplante de Órgãos e Tecidos. Antes da aprovação, chegou a ser conhecida como Lei Tatiana, em homenagem a Tatiana Penhalosa, mulher que faleceu aos 32 anos pela falta de um transplante de coração. A medida visa ampliar a divulgação e incentivo dos próprios poderes públicos à doação de órgãos do país. Neste ano, o Brasil já realizou o dobro de operações de transplante em relação a 2022, além de ter observado aumento no número de possíveis doadores. Em setembro, foi apresentado o PL da doação presumida, que poderia fazer de qualquer cidadão um doador de órgãos, salvo em casos onde manifeste desejo de não o ser.

Anuário contabiliza 430 mil usuários de maconha medicinal

Um estudo publicado pela Kaya Mind, empresa especializada em pesquisas voltadas ao uso médico da canábis, afirma ter havido aumento de 130% no número de pessoas que fizeram algum tratamento de saúde com substâncias derivadas da maconha. Já liberada para tal uso pelo STF, seu uso vai quebrando barreiras morais e tem sido cada vez mais usado pelos pacientes, tanto na saúde pública como privada – neste caso, numa escala muito maior. Os dados foram compilados na segunda edição do Anuário da Cannabis Medicinal no Brasil, que ainda apresenta diversos indicadores do potencial econômico da cannabis medicinal, por ora sem produção nacional. Em abril, como menciona a matéria do Globo, a Fiocruz publicou nota técnica em favor de sua implantação definitiva no SUS.

Emergência zoossanitária prorrogada por mais 180 dias

O ministério da Agricultura e Pecuária prorrogou por mais seis meses a emergência zoossanitária em razão da gripe aviária. A medida foi tomada pela primeira vez em 22 de maio, após aparecimento de alguns focos da doença em aves criadas com fins de subsistência em três estados diferentes. A decisão visa proteger a criação comercial de aves, ramo no qual o Brasil é grande exportador, e facilita o acesso de estados e municípios a assistência técnica federal. A OMS não considera o Brasil foco epidêmico do vírus H5N1, mas o último inverno no Atlântico Norte registrou a maior mortalidade em aves por este vírus, o que prejudicou este ramo comercial. Além disso, pela primeira vez se viu a expansão das infecções para o hemisfério sul.

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