As vacinas chinesas

Ministério da Saúde sai pela tangente diante da pressão pela inclusão da CoronaVac no plano nacional de imunização. Enquanto isso, outra vacina chinesa avança uma casa nos testes

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Depois da pressão feita por gestores estaduais, o Ministério da Saúde teve que esclarecer critérios de escolha de quais vacinas pretende oferecer à população. Ontem, o secretário executivo da pasta, Élcio Franco, afirmou que o governo federal “não descarta nenhuma possibilidade” e “tem foco” nas candidatas que estão na terceira fase dos testes. É o caso da CoronaVac, a vacina chinesa feita em parceria com o Instituto Butantan, cuja ausência no cronograma do ministério disparou a reação dos secretários estaduais.

Ontem, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que a fase 3 dos testes no Brasil termina no fim de semana e que o Butantan envia já na segunda os resultados à Anvisa. Na coletiva, ele disse que tem reunião marcada com Eduardo Pazuello na próxima quarta-feira, e que levará a tiracolo parlamentares na esperança de solucionar o impasse. 

Aliás, outra fabricante chinesa publicou resultados. A estatal Sinopharm divulgou na Lancet as fases 1 e 2 de seus testes clínicos. De acordo com o estudo, a vacina foi capaz de gerar anticorpos neutralizantes, inclusive em pessoas com mais de 60 anos – embora, neste caso, a resposta tenha levado duas semanas a mais para ser detectada. Nas Américas, a Argentina participará da fase 3. Por aqui, não há pedido de registro ou pesquisa dessa vacina na Anvisa. 

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