Anvisa prorroga validade dos testes encalhados

Autorização depende de Ministério elaborar plano de gerenciamento de riscos

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A Anvisa deu seu aval para a prorrogação da validade dos mais de sete milhões de testes PCR armazenados pelo Ministério da Saúde em um depósito em Guarulhos. O anúncio aconteceu ontem, durante uma audiência promovida pela Câmara dos Deputados. Segundo Cristiane Gomes, diretora que representou a agência, o vencimento dos lotes foi estendido para 12 meses, contra a validade original, de oito. Dessa forma, exames que teriam de ser jogados no lixo em dezembro ganharam sobrevida até abril, e assim por diante. 

A autorização foi dada com condicionantes. O ministério terá que elaborar um plano de gerenciamento de riscos – e quando se fala em planejamento, sabemos as dificuldades da pasta comandada pelo especialista em logística. O governo terá de enviar nos próximos meses amostras dos lotes para a agência, que fará testes para saber se a sensibilidade dos exames foi comprometida.   

De acordo com Gomes, foram levados em conta o cenário atual da pandemia e a possível escassez do produto no mercado. Ela disse que também foi levado em consideração o fato de a empresa fabricante dos testes, a Sigenes, ter certificado de boas práticas emitido pela Anvisa.

Se Pazuello pode respirar aliviado, os empresários que receberam negativas da Anvisa ao fazerem pedidos semelhantes podem manter as esperanças: Gomes informou que é possível que as regras da RDC 348 sejam mudadas pela diretoria colegiada para que seja possível prorrogar também a validade dos testes adquiridos pela iniciativa privada.

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