Ato do dia 24 de julho – e esquenta com Jesus

Sob a luz do fogo no Borba Gato, o ato Fora Bolsonaro abre o leque de manifestantes e também a discussão de seus limites – no dia 24 de julho 2021.

Imagem: Alice Vergueiro

Saí de casa de bicicleta para checar a Marcha para Jesus no Ibirapuera. O evento do dia era o Fora Bolsonaro na avenida Paulista, às 16h. Mas este era um evento bem dentro do espectro bolsonarista e, tendo em vista a capa religiosa com que Bolsonaro cobre seus eventos motorizados, achei que valia apena checar. O companheiro E deu a dica.

Pedalei até o bairro que dá nome ao parque. Além de vários quartéis, instalações militares e o Clube Militar, o Ibirapuera abriga também uma classe média alta, frequentemente associada à “família militar”.

As recentes ameaças do general Braga Netto em relação ao voto impresso confirmam uma tendência analítica meio recente, que é a de que o Bolsonaro é um projeto militar e não há desacordo entre eles. Grande parte da imprensa explorou muito nos últimos dois anos a suposta tensão entre as veleidades do presidente e o “racionalismo” dos militares. Hoje parece prevalecer finalmente a ideia de que o projeto militar vai bem – e que já teve golpe. Os militares já estão instalados no governo com verba, aposentadoria e programas de espionagem eletrônica consolidados ao redor do GSI – Gabinete de Segurança Institucional. Os militares podem até queimar Bolsonaro para se proteger, e acho que ainda vão oferecer à dita terceira via uma parceria ardilosa. Ou então dar um auto-golpe na forma de intervenção nos estados.

Além disso, de manhã ardeu a estátua do Borba Gato, aumentando a temperatura política do dia. Falo disso abaixo.

Cheguei na Assembleia Legislativa e logo vi o “drive thru solidário”, onde a Renascer – igreja organizadora do evento – recolhia doações. Notei que os intervencionistas militares ainda estão lá acampados no meio fio da rua ao lado. São umas 4 barracas e faixas pedindo intervenção militar com Bolsonaro no poder e mensagens anticomunistas. Adiante, na praça Júlio Fontoura, passei por um outro acampamento da direita, que também está lá faz muitos meses. A pauta deles foi (e é) anti-Doria, o que fez com que murchassem em potência: não teve lockdown, a vacinação avança, Bolsonaro perde força e o governador de São Paulo não decolou. Tudo o que resta é o voto impresso.

Uma faixa trazia “Fora Doria! Cachorrinho do chinês!”, outra “Supremo é o povo” e “Ordem, progresso. Esta é a nossa bandeira” e ainda “Direita conservadora contra o comunismo”.

Tudo caidão e meio abandonado.

Imagem: Gavin Adams
Imagem: Gavin Adams

Segui em direção ao Obelisco da revolução de 1932 e cheguei no carro de som que abria a carreata, estacionado na avenida perto do prédio da Bienal. O veículo trazia a marca “Marcha para Jesus. Mais que vencedor”.

No caminho vi uns 10 jovens distribuindo bandeiras do Brasil nas calçadas, mas não vi nada explicitamente Bolsonarista. O perfil do manifestante era bem bozominion, mas ficaram nessa chave nacionalista-cristã. Até o orador, que é o dono da Renascer com sua esposa, pedia proteção contra a COVID: “Livrai-nos dessa praga e recebei os que morreram dela”.

Vi bandeiras de Israel e muitas do Brasil. O carro principal irradiou muitas canções gospel, incluindo um funk estilo americano cujo refrão me pareceu ser “sucesso apostólico”. Achei que definia bem o evento.

Eram 13h45 quando saíram. Eu fiquei e contei os carros, no máximo 300 deles. Pequeno.

Tendo verificado que nada importante ia acontecer, subi para a crista do espigão e, às 15h, saí de casa a pé para ir à avenida Paulista.

Vim do Paraíso sob o agradável sol que brilhava e logo na praça Oswaldo Cruz um casal distribuía adesivos e flores. A senhora tinha uma daquelas bandejas de florista e oferecia uma rosa de papel a uma criança. Ambos vestiam camisetas do MST. Achei simpático. Segui em direção ao MASP.

Imagem: Alice Vergueiro
Imagem: Alice Vergueiro
Imagem: Alice Vergueiro
Imagem: Alice Vergueiro

A Paulista estava fechada desde a avenida Brigadeiro, e já havia bastante gente em frente ao Museu. Logo deu para ver que tinha vários carros de som e também vários microfones e aparelhagem menos potente, mais nível de rua.

O contato com o primeiro carro de som me fez pensar muito na questão das vozes num ato. Todos amamos odiar o estilo gritado que ainda predomina no discurso público esquerdista. É como na ópera, cujo estilo vigoroso de cantar é fruto do crescimento numérico das audiências da segunda revolução industrial. Hoje, o microfone permite que mesmo os sussurros de uma bossa nova sejam plenamente audíveis, mas o estilo operático já consolidou e não vai mudar. Mas dá para cantar em outros estilos, e hoje achei que havia um certo ensaio de diversidade de vozes no asfalto.

É que o carro de som da APEOESP, que é o sindicato dos professores, irradiava uma mensagem gravada. De longe, achei que era um orador que falava ao vivo, e estranhei a impostação da voz, bem ao estilo publicitário. Tudo soava estranhíssimo naquela voz naquele contexto, especialmente o “Fora Doria e Fora Bolsonaro”, dito como se ouve em propagandas. Mas mesmo isso era muito melhor do que a gritaria sindical.

Imagem: Alice Vergueiro
Imagem: Alice Vergueiro
Imagem: Alice Vergueiro

Corre um vídeo nas redes onde um locutor esportivo narra o ato de sua vacinação como um gol de futebol. É divertido e engraçado. Atos de direita frequentemente trazem radialistas e até narrador de rodeio para os carros de som. Evangélicos, veteranos da fala pública, também imprimem seus estilos vocais nas falas direitistas.

Mas longe o melhor em termos de fala pública é o Slam da gente preta. A fala cadenciada e rimada dos slammers cai muito bem no carro de som, traz a mensagem política para o âmbito da poesia e da sofisticação da linguagem. A esquerda precisa aprender com eles.

Mas, o ponto hoje não era apenas a arquitetura da irradiação vocal, mas a razão pela qual estávamos na rua. Há certo nervosismo em relação ao número de pessoas, se incha ou murcha, mas a decisão de sair passa pela efetividade de protestos assim.

O contraste do ato de hoje com o incêndio da estátua do Borba Gato foi grande. A notícia e discussão decorrente durou o dia todo, e simbolicamente foi muito forte: fogo nos racistas. A sensação de que há resistência não veio da passeata, podendo indicar que esta está tentando achar outras formas de vazão. O gradual retorno das pessoas às ruas, com a vacinação, deve não só encher os atos, mas também multiplicar os eventos de resistência fora deles.

Sabemos claramente hoje que o impeachment não deve passar – a blindagem institucional de Bolsonaro é total: Congresso, STF e PGR. Então sair na rua é importante para se fazer visto e presente, mas se for só para engrossar o calendário eleitoral o ânimo baixa naturalmente. De outra forma, é preciso estar nas ruas quando ou se estourar de vez.

Há um ânimo no ar que é: se tem ameaça de golpe, então que seja agora. Esperar a eleição para confrontar será lutar no pior momento. Que venha agora e veremos quem leva, vamos detonar o processo antes que uma aliança militar-liberal absorva os ditos centristas, tucanos e direitistas, que hoje passaram a criticar o governo e a denunciar o golpismo militar. Não vai durar muito e não vai desaguar em apoio a Lula ou apoio a reformas profundas.

Segui caminhando e notei que os vendedores estavam com o mesmo estoque das manifestações pandêmicas: bandeiras LGBTQI+, do Brasil, Fora Bolsonaro e um pouco de Lula e de Marielle.

Imagem: Alice Vergueiro
Imagem: Alice Vergueiro
Imagem: Alice Vergueiro
Imagem: Alice Vergueiro

Cheguei ao segundo carro de som, em frente ao prédio da FIESP. O veículo trazia a bandeira do PDT, outras da CTB e da CSB, e um pano com “Bruno Covas”. Era o carro da Força Sindical, que já apoiou Bolsonaro, perto da Gazeta. A multidão em frente ao carro portava suas bandeiras e vestia seus jalecos – um ato sindical disciplinado.

Um moço pintava no chão as palavras “Grajaú na luta”. Mas dois jovens passaram perto e ouvi um deles perguntar: “O que é Grajaú?”.

A seguir vi um grupo de pessoas ouvindo um orador ao microfone, ao nível do chão – acho que a faixa era do Gianazzi, um político do PSOL. Notei faixas muito grandes no chão, além de uma boa quantidade de bandeiras com os dizeres “Pela Vida do Provo Negro”, da organização “Negros por Direitos”. Vi o Bloco Feminista, os Cientistas Engajados. Vi a faixa “Esquerda Reflexiva”.

Imagem: Alice Vergueiro
Imagem: Gavin Adams
Imagem: Gavin Adams
Imagem: Gavin Adams

Muitos batuques bons, e dentre eles um onde um cantor, moço negro, entoava a clássica “O bêbado e a equilibrista”. Ia sair fora para não dar na vista que era meio brega eu me emocionar com a canção tão óbvia, mas aí eu vi uma mulher ao meu lado que dançava passos de samba na ciclovia, e me deixei levar pela qualidade da percussão.

Anotei os cartazes feitos à mão, que hoje vinham numerosos: “Chega de mi mi mi Militar Miliciano Mito”, “Vamos derrotar no impresso e no eletrônico”, “

Ainda seguindo em direção à Consolação, passei pelo carro de som principal mas não fiquei. Vi o Porcomunas na esquina do Parque Siqueira Campos.

Imagem: Gavin Adams
Imagem: Gavin Adams
Imagem: Gavin Adams
Imagem: Gavin Adams

Caminhando passei pelo Bloco Combativo, dos anarquistas e autonomistas, até chegar ao Arrastão dos Blocos, com sua pipoqueira e marchinhas de carnaval. Fiquei um pouco.

Vi coletivos indígenas, ecossocialistas, juventude s de partido, sindicatos e associações várias. No geral achei que houve um aumento do espectro político presente. Várias novas associações e partidos estavam lá. Muito cartaz à mão, bandeiras do Brasil e um certo contingente de “arrependidos”. A classe média mesmo ainda não acorreu em massa, e pode ser que nunca venha, mas algum tipo de capilaridade parece estar ocorrendo – se em velocidade suficiente não sabemos.

Encontrei M e fomos até a praça do ciclista encontrar R. R disse que a presença policial na estação Consolação/Paulista era forte, com revista de mochilas, cavalaria na porta e etc. Li depois que a PM fez prisões ainda de tarde,antes da saída passeata, incluindo por porte de “materiais proibidos”.

Seguimos de volta pela avenida ao lado dos capoeiristas que tinham estado na dita praça, com seus berimbaus.

Vi os cartazes “Lira é cúmplice do genocídio”, “Malditos milicos”, “O SUS salva vidas, #ele não”, “Estou aqui por você, Rafa”, “Jail Bolsonaro”, “Ecossocialismo ou barbárie”, ” Vi a camiseta “Fica, vai ter Boulos”.

Encontrei F e F, que contaram um pouco das mobilizações ao redor da Lei Aldir Blanc.

Imagem: Gavin Adams
Imagem: Gavin Adams
Imagem: Gavin Adams
Imagem: Gavin Adams
Imagem: Gavin Adams

Passando de novo pelo carro do PDT e do PSDB do pano “Bruno Covas”, notei que a oradora falava em patriotismo. Dizia que “Sou patriota, e bato continência é para essa bandeira”. Achei estranhíssimo mas talvez não surpreendente. A questão da “recuperação dos símbolos nacionais” nem é tão urgente para a esquerda onde o internacionalismo é forte, mas é crucial para quem se vale da camisa da CBF para definir cidadania. Não sei se compreendi bem a oradora, mas a bronca contra o nacionalismo é precisamente o subtexto militarista que é indissociável do patriotismo.

Encontramos N e S. Seguimos até o MASP mas decidimos voltar até a esquina com a Consolação para pegar a saída da passeata, que desceria a avenida até a praça Roosevelt.

Ouvi a palavra de ordem: “O país está no abismo, a solução é construir o socialismo”

Imagem: Gavin Adams

Chegamos e vimos que a faixona preta “Fora Bolsonaro” abria o cortejo. Logo depois, um grupo do PCB, seguido de uma outra galera que parecia ser da UMES e UBES, mais PDT e Força Sindical – depois o Arrastão dos Blocos. Trouxeram um faixão verdeamarelo enorme, que carregavam na horizontal. Achei curioso eles terem procurado tamanha visibilidade, mas, dada a ausência de tensão na ocasião, achei que tivesse sido combinado coma organização.

Imagem: Gavin Adams
Imagem: Gavin Adams
Imagem: Gavin Adams
Imagem: Gavin Adams
Imagem: Gavin Adams

O povo foi meio saindo em passeata, mas decidimos ficar na esquina e ver o povo passar.

Deu para ver que a até a discreta presença policial fora uma impressão equivocada: aqui na esquina das avenidas, contei uns 200 PMs de jaleco verde, pelo menos 15 cavalos, uns 80 escudeiros e atiradores do Choque lá atrás na esquina com a alameda Santos, pelo menos 20 motocicletas, dois blindados Caveirões, pelo menos uma dúzia de viaturas. Vi também uma equipe de filmagem da PM. Achei que era mais do que o normal.

Imagem: Gavin Adams
Imagem: Gavin Adams
Imagem: Gavin Adams
Imagem: Gavin Adams
Imagem: Gavin Adams
Imagem: Gavin Adams
Imagem: Gavin Adams

Na entrada da estação Paulista estavam postados acintosamente a segurança privada da linha 4, enormes em seus uniformes Robocop, uns 20. Foram eles que praticaram a violência contra manifestantes no ato passado, na frente à estação Higienópolis.

É muito notável a escalada do aparato da repressão política nas últimas décadas. Quando vemos fotos e filmes dos anos 1960, o contraste é visível.

Vi um cartaz “O verme matou meu pai”, e outro “Você já pensou em mais um ano e meio disso?” – e um estandarte impresso com a foto de Dilma,

Encontramos T e depois M. Eram umas 18h.

Passou o carro de som da APEOESP e nessa hora falava o Galo, que é dos Entregadores Antifascistas. Ontem, na sexta, realizaram o Apagão das Apps, onde os usuários eram encorajados a não fazer pedidos e a lotar de comentários os aplicativos. Galo agradeceu o apoio e disse “sozinho não sou ninguém, junto a gente é cabuloso”. “Gosto de fazer rico perder dinheiro, este é meu rolê. Viva a revolução periférica!”. Foi muito aplaudido.

Passado um tempo desci a avenida com a passeata, e chegamos ao cemitério da Consolação, em cujos muros se lia “500 mil é extermínio! Bolsonaro terrorista”. Estávamos mais ou menos com um terço da passeata adiante e dois terços atrás.

Imagem: Alice Vergueiro

Um punhado de PMs guardava um ponto de ônibus no canteiro central da avenida. Eram 18h20 e algumas pedras pequenas pipocavam no vidro do abrigo (uma herança da gestão do prefeito Kassab), mas não pareciam atingir os PMs. Li depois na Ponte que uma vidraça da agência do Itaú tinha sido quebrada. Não vi de onde eu estava. Isso logo antes de um moço golpear o abrigo ao lado dos PMs com um martelo, estilhaçando o vidro de um só golpe.

A polícia entrou no seu modo repressão, que é agredir geral e preder aleatoriamente. Um grupo de misto de uns 12 policiais (escudeiros, atiradores e apoio) faziam a artilharia, jogando bombas diretamente no povo que ia adiante, isto é, numa espécie de punição coletiva.

Contei umas 15 detonações ao todo, gás e ‘choque’ (ruído, luz e concussão). Achei que o equipamento de repressão deve ser novo. O gás era muito forte.

Umas 100 pessoas acharam abrigo dentro do corpo de bombeiros. A artilharia foi reforçada por viaturas e escudeiros, e todos pararam na frente do dito quartel, mas não entraram. O povo da passeata ficou uns 200 metros à frente, bem à altura da rua que ladeia o cemitério na parte de baixo, que é a Sergipe.

A PM fez duas prisões violentas nesse espaço entre as duas concentrações, e era claro que foram aleatoriamente selecionados, já que não tinham participado de nada.

Imagem: Alice Vergueiro

Foi descendo a avenida e vi que a rua Sergipe agora tinha várias viaturas e dois caveirões. O povo recuara. Desci mais um quarteirão, mas o cheiro de gás estava muito forte. A fumaça branca já tinha dispersado, mas ficou no ar uma ardência realmente ácida, comendo os olhos, nariz e rosto. Acabei recuando e descendo pela paralela, que é a rua Itambé, que também tinha cheiro de gás.

Ouvia mais adiante o Arrastão dos Blocos, que seguia valente. A cantora entoava o famoso “Caminhando e cantando…”, com raiva.

Peguei a rua Maria Antônia à direita e cheguei ao grande cruzamento do fim da Consolação, já perto da praça Roosevelt. O clima era de dispersão, umas 300 pessoas por lá, mais umas 500 na escadaria da praça. O resto da passeata não desceu.

A polícia estava lá também, com todos os 200 jalecos e outras unidades.

Esperei R e T e saímos fora umas 19h.

No geral a manifestação pode ter indicado que há lenta capilarização em curso, vide os cartazes feitos à mão e abertura para outras forças políticas institucionais. O formato mais espalhado de hoje, se deliberado ou acidental, deixou entrever atos mais legais de vir e participar. O maior perigo nas atuais manifestações é de que fiquem (ou continuem) chatas.

Não consegui avaliar os números de manifestantes, havia muitas faixas enormes no chão que dificultam a extrapolação para totalidades. Mas a sensação é de que nem cresceu nem encolheu. Os isentões devem estar à espera da manifestação da direita agora não-bolsonarista em setembro.

Imagem: Alice Vergueiro

Mas a ação que incendiou o Borba Gato repercutiu muito e em certas bolhas dominou o debate, podendo indicar que a vontade resistente está transbordando as manifestações e pode se espalhar pela sociedade. A via institucional do impeachment parece ter esgotado, e o protesto se capilariza na sociedade de outras formas. Houve recente trancamento das ruas entorno do terminal rodoviário do Grajaú: quando a greve dos ferroviários inviabilizou o transporte de muita gente que usa terminal, usuários impedidos de trabalhar trancaram geral, espontaneamente. Os caminhoneiros estão se movimentando também.

O debate em torno de resistência unificada ou espalhada tem aparecido nas redes, e também a cansativa polêmica equivocadamente colocada das “guerras culturais” contra a guerra institucional-laborista. Pode ser que os rumos da resistência, açodada pelas ameaças de golpe, venham a chamar o blefe e arriscar tudo agora.

Tomamos uma e fui para casa.

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