Jeanne Dielman (1975) narra o cotidiano de uma jovem viúva que se prostitui para pagar as contas. Em pequenas fissuras, o drama sutilmente se infiltra, sem qualquer concessão, a partir de um olhar sem moralismos da mulher contemporânea
Numa explosão gozosa, o novo livro de Renato Gonda propõe a criação do PACU, um movimento pela cultura única e múltipla – e libertação de consciências-corpos. Em poesia gráfica, aponta: “Acultura COMbate&Abate/ todASditaDURAS!”
A morte habita à noite bebe do universo do escritor: seres à margem que se debatem entre o cotidiano sórdido e sonhos sublimes. O protagonista oculto é o tempo – silencioso e implacável, que parece advertir: “Não se mate, tem Carnaval ano que vem”
Filme de Taciana Oliveira ressalta a brasilidade da escritora, sua angústia diante dos filhos, a relação espinhosa com a escrita, os lugares em que viveu. Mas persistem incógnitas, presentes na frase emblemática da personagem: “sou um mistério para mim”
No centenário da Semana de 1922, diversos modernismos emergem. No Recife, o regionalismo dá o tom de um debate perene sobre as artes, com ecos até hoje. Em entrevista sobre seu livro, sociólogo discute contextos, trajetórias e obras
Entre documentário e ficção, filme autobiográfico aborda distúrbio alimentar como um sintoma das lógicas individualistas e da sociedade do controle. Linguagem imersiva aproxima o espectador da experiência da anoréxica. Leia diálogo com diretora
Guilherme Del Toro subverte a fábula para dar-lhe novos sentidos. O boneco de madeira vem ao mundo na Itália de Mussolini e o “ser um bom menino” se politiza através da rejeição do ódio e das armas, em nome da solidariedade e dos afetos
Somos o 10º país que mais consome pasta instantânea. Com salsinha, virou a nova dieta das maiorias. Nas escolas: ovo e k-suco. E assim a Bolsa sobe e o estômago ronca. O desafio de Lula: livrar país da economia raquítica do bolsoguedismo
Em O milagre uma enfermeira investiga um estranho caso: uma menina em jejum permanente… e saudável. Ambientado no século XIX , filme evita o academicismo histórico — e debate a tensão entre religião e ciência, fé e razão