O pensamento social na tessitura do literário

Podem literatura e sociedade romper os limites – tradicionais e frágeis – de texto e contexto e suscitar um fértil entre-lugar crítico? A sociedade dos textos atualiza e amplia esse debate ao ler Nava, Mário de Andrade e Silviano Santiago

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Por Gabriel Martins da Silva na coluna da Biblioteca Virtual do Pensamento Social (BVPS)

Leia outros textos da coluna da BVPS no Outras Palavras.

Não fui vítima da lucidez racional da Europa como um novo Joaquim Nabuco, nem me deixei seduzir pelo espocar dos fogos de artifício ou pelas cores do carnaval nos trópicos. Fiquei com os dois e com a condição de viver e pensar os dois. Paradoxalmente. Nem o lugar-comum dos nacionalismos brabos, nem o lugar-fetiche do aristocrata saber europeu. Lugar-comum e lugar-fetiche imaginei o entre-lugar e a solidariedade latino-americana (Silviano Santiago, 2001).

O célebre texto “O entre-lugar do discurso latino-americano” de Silviano Santiago, publicado na coletânea Uma literatura nos trópicos (1978), ocupa um lugar importante na crítica brasileira. Escrito num ambiente específico da formação do campo da teoria da literatura norte-americana, no começo da década de 1970, apresentado na Université de Montreal num simpósio que contava com a participação de Michel Foucault e René Girard, Silviano discutia, no paper lido em francês, “o lugar que ocupa hoje o discurso literário latino-americano no confronto com o europeu”. Quer dizer, na emergência dos debates sobre dependência cultural nas margens do Ocidente, Silviano propõe uma maneira singular de garantir a inteligibilidade das produções periféricas que indelevelmente se veem defronte à sua relação com as metrópoles europeias. Ele combina, na economia interna do texto, a discussão sobre autores latino-americanos e expoentes do chamado pós-estruturalismo francês, numa articulação que se mostrou profícua no campo intelectual brasileiro. Assim, ao escrever contra as categorias de “fonte” e “influência” que norteavam a literatura comparada, o operador do “entre-lugar” acaba por construir uma posição que seja, a um só tempo, alternativa ao nativismo e ao mimetismo. Ou seja, numa só tacada, Silviano esquivava-se do exotismo romântico e da imitação das formas europeias, propondo uma leitura alternativa da categoria de “imitação” ― lida em oposição ao ato de “macaquear”.

Partindo dos escritos de Michel de Montaigne e Claude Lévi-Strauss, o crítico localiza na imitação desviante dos índios nativos das Américas em relação aos colonizadores europeus a armação necessária para desenvolver o parentesco da literatura brasileira com tal prática. Assim, os escritores latino-americanos estariam localizados numa perspectiva híbrida, entre a produção metropolitana e as particularidades de suas terras, produzindo uma literatura que, se por um lado, é tributária da herança europeia, por outro, imita-a para transgredi-la: “[…] o trabalho do escritor em lugar de ser comparado ao de uma tradução literal, propõe-se antes como uma espécie de tradução global, de pastiche, de paródia, de digressão”, e, mais a frente no ensaio, ainda afirma a necessidade de investigar “[…] a situação e o papel do escritor latino-americano, vivendo entre a assimilação do modelo original […] e a necessidade de produzir um novo texto que afronte o primeiro e muitas vezes o negue”. Esse lugar específico ― qualificado pelo “entre”, condição daquilo que, por definição, não está enclausurado em nenhum lado da dicotomia ― acaba por garantir solo especial às produções nos trópicos, que não se rendem aos termos enquanto identidades (nem simplesmente cópia da Europa e nem puro exotismo das Américas). O parágrafo final do ensaio demonstra, na própria fatura do texto, a condição indecidível do “entre”, esse lugar privilegiado onde o ritual canibal de assimilação transgressora da cultura europeia acontece, “entre o sacrifício e o jogo, entre a prisão e a transgressão, entre a submissão ao código e a agressão, entre a obediência e a rebelião, entre a assimilação e a expressão […]”.

Assim como na abordagem de Silviano Santiago, ao analisarmos o díptico “literatura e sociedade”, o que salta aos olhos são as conexões possíveis entre os dois domínios, o “e” que liga-os, e não as palavras em si mesmas. Esse é precisamente o tema central de A sociedade dos textos (2022), de André Botelho, Maurício Hoelz e Andre Bittencourt, coletânea de ensaios lançada há pouco. Esse debate aparece inserido dentro do amplo e quase secular debate sobre as relações entre vida e arte. Para além das particularidades dos ensaios do livro, muitos deles monográficos, um fio condutor parece ligar o projeto: o tensionamento das fronteiras entre a sociedade e os textos, a vida e a obra, e, no limite, a crítica literária e a sociologia.

O livro se detém principalmente nas obras de Pedro Nava, Mário de Andrade, Silviano Santiago e Ferreira Gullar – este último com um ensaio do convidado Lucas van Hombeeck, uma espécie de balanço de sua dissertação de mestrado publicada recentemente como Poema sujo, intérprete do Brasil (2022) – levando em conta os processos de subjetivação na própria feitura das obras, cuja imbricação entre social e estético mostra-se, caso a caso, de maneira singular. A armação teórica é apresentada nos dois capítulos iniciais, nos quais se discute tanto a noção de “reflexividade”, apreendida da obra de Anthony Giddens – em contraposição à ideia de “reflexo” –, e a contribuição anglo-saxã para a sociologia da literatura, quanto a de subjetividade, momento em que o memorialismo mineiro, em especial a obra de Pedro Nava, é tomado como exemplo. Somado a isso, a estrutura bipartida do livro apresenta os termos e problemas em jogo no conjunto das análises: a primeira seção, “Através do espelho”, que se inicia com um balanço crítico das contribuições teóricas dos estudos anglo-saxões à sociologia da literatura e termina com uma análise de Poema sujo (1976), de Ferreira Gullar, a partir da noção weberiana de “desencantamento”, coloca em cena os limites do que poderíamos chamar de “metáfora do espelho”, que animou os debates em torno da natureza social da arte, que leria, grosso modo, a literatura como reflexo da sociedade; já a segunda parte, intitulada “Bildung e depois”, mostra a importância, dentro das análises sociológicas e literárias, de se demorar na tópica da formação da subjetividade, uma espécie de alternativa aos estudos sobre vida e obra, categorias mobilizadas desde pelo menos a Antiguidade por parte dos pais do gênero biográfico. Assim, numa apreciação dos títulos das duas partes do livro, além da abertura teórico-metodológica dos capítulos iniciais, vemos os temas basilares das análises miniaturizados na nomeação das seções e nas incursões dos capítulos, apresentando-se como índices de leitura da própria coletânea como um todo.

Além dos dois textos que abrem o livro, um olhar aos modernistas nas diversas fases de suas produções é privilegiado em grande parte dos ensaios. Por exemplo, a maneira pela qual o debate sobre a formação da literatura brasileira, segundo Ronald de Carvalho, se aproxima, ou não, das intenções estéticas dos modernistas da década de 1920, sobretudo no que diz respeito à linguagem poética. Embebido no debate das diferentes vertentes da então nascente historiografia brasileira da literatura (a exemplo de Sílvio Romero e José Veríssimo), Ronald de Carvalho traça a importância do uso da linguagem popular na poesia para a consolidação de uma produção literária eminentemente nacional, afastando-se do mimetismo diante da herança europeia e se aproximando da fala corriqueira do povo. Não apenas isso, mas a maneira pela qual a viagem de Mário de Andrade à Amazônia, em 1927, cujos relatos misturaram a experiência e a ficção diferentemente dos de Euclides da Cunha, este fortemente orientado por um realismo científico, representou um ponto de virada em sua obra, influenciando a produção de livros-chave como Macunaíma (1928) e Ensaio sobre a música brasileira (1928), a partir do contato in loco com a diversidade cultural e as diferentes formações sociais brasileiras.

O modernismo é tomado como uma espécie de pedra angular do livro, no qual, se lido como movimento cultural, como o fizeram Maurício Hoelz e André Botelho em publicação recente, O modernismo como movimento cultural (2022), expressa a maneira como os conflitos em jogo na sociedade revelam a destemperança das forças sociais e a forma como a mobilização artística e intelectual produziu mudanças no interior da vida política e cultural. Assim, o modernismo acaba sendo encarado como um tipo ideal de movimento de rearticulação das noções de nacionalidade e pertencimento, que se propôs a pensar coletivamente o Brasil, conferindo-lhe significado e rompendo com concepções já estabelecidas. Nesse imbróglio, revelam-se novamente as fortes tensões entre arte e vida, sempre em disputa e que, por sua vez, colaboram para a (des)organização dos diversos conflitos sociais que afloram no seio das nações em construção. Nessa empreitada, a relação entre sociedade e literatura se confirma como não sendo simplesmente de mão única, quer dizer, a literatura não é um reflexo da sociedade, mas produz, ao seu modo, tensionamentos que, no seu tempo, modificam a sociedade, os discursos, as ideias e as práticas que a conformam.

O livro trata também detidamente da figura de Pedro Nava, a partir da maneira como lidou com a passagem do tempo, tema que advém da literatura de Marcel Proust, e como, nos últimos livros memorialistas, defrontou-se com o envelhecimento e a solidão. Ou ainda, como em suas incursões sobre a história da medicina, em livros em princípio distantes das preocupações de ficcionista, lançou uma visão sobre a história que passou ao largo do positivismo historicista que informava as reflexões sobre ciência.

Por fim, os dois últimos capítulos se concentram na figura do escritor e crítico Silviano Santiago, primeiro pensando seus livros mais recentes – Fisiologia da composição (2020) e Menino sem passado (2021) –, ambos fortemente autobiográficos, momento em que chegamos mais próximo, do ponto de vista cronológico, do tempo presente. Esses livros de Silviano foram escritos e/ou publicados durante a pandemia da Covid-19, dado extraliterário que será tomado como importante instância de mediação literária para se pensar tanto a composição dos textos como o rendimento dos insights de caráter mais sociológico. Logo em seguida, retornamos ao debate sobre o “entre-lugar”, operador teórico que garantiu o prestígio de Silviano na crítica latino-americana nos anos 1970, esforço que será devidamente contextualizado junto ao debate pós-colonial da segunda metade do século XX, dispondo as contribuições de Silviano lado a lado com as de autores como Homi Bhabha e Edward Said.

Munidos de um arsenal teórico tributário das ciências sociais, que revela a formação acadêmica dos ensaístas no campo da sociologia, os textos se emaranham em questões e personagens-chave da história intelectual brasileira, sem com isso prestigiar apenas uma interpretação “contextual” e muito menos uma aproximação simplesmente imanente do estudo, num gesto que soaria mais como um abandono da historicidade do literário. Apoiando-se, na medida, na linha tênue que parece separar esses campos, tentando a todo momento tensioná-los, os ensaios colocam questões que dizem respeito tanto às ciências sociais como à crítica literária. Assim, cada qual ao seu modo, os polos até então relativamente autônomos (a sociedade e a literatura) são postos em relação, desafiando-os e revelando, na fina letra do ensaio e na minúcia da escrita, as fendas e fissuras possíveis de serem vistas no liame entre esses termos.

A coletânea deixa à mostra, no seu rastro, algumas pistas para pensarmos as dívidas com figuras eminentes do chamado pensamento social brasileiro. Se, ao longo do livro, nomes como os de Antonio Candido, Roberto Schwarz, Eneida Maria de Souza e Silviano Santiago são acionados para dar conta do fenômeno literário – sempre em intensa relação com sua exterioridade: a sociedade, o mundo, o Brasil enquanto projeto etc. –, é importante destacar o nome grafado como dedicatória: o historiador e antropólogo Ricardo Benzaquen. Falecido em 2017, Ricardo foi um personagem importante, que escreveu sobre alguns dos temas caros ao livro, além de ter sido fundador do GT Pensamento Social da ANPOCS e dispor, assim como os organizadores, de uma formação propositalmente errática, na fronteira entre as disciplinas. O livro Zigue-zague (2019), publicado apenas postumamente, foi projetado por Ricardo como uma maneira para coligir seus ensaios dispersos ao longo de quase toda sua carreira (1977-2016), dentre eles, a grande maioria percorre expedientes de leitura de escritores, intelectuais e músicos permitindo inclusive se aventurar pela íntima relação, normalmente epistolográfica, de algumas dessas figuras, ao gosto do projeto de A sociedade dos textos

Além disso, Ricardo Benzaquen, engajado na formação do campo do pensamento social brasileiro nas ciências sociais e na história, que, por sua vez, dada a sua própria natureza, só pode ser interdisciplinar, participou ativamente do amadurecimento intelectual de gerações, contribuindo a partir de orientações, conversas e palestras na consolidação bem sucedida dos debates na área. A prática no duro cotidiano acadêmico parece figurar também como o forte do grupo formado em torno de A sociedade dos textos, composto por colegas, ex-orientador e orientandos, figuras que participam ativamente do dia-a-dia da pesquisa, que se forma dentro e fora da universidade a partir das trocas em simpósios, laboratórios e sala de aula. Há algo de um clima de rapaziada que se aparenta aos descaminhos dos movimentos modernistas – seja em São Paulo ou em Minas Gerais, se tomarmos os exemplos mais conhecidos –, outro tema caro aos esforços do livro. Nesse sentido, a autoria compartilhada em duplas dos ensaios reflete a livre colaboração de intelectuais para o andamento das suas próprias pesquisas, cujos interesses se cruzam aqui e ali, fornecendo, ao leitor, o abrilhantamento da experiência universitária na própria composição dos textos. Assim, o escrutínio crítico dos diversos autores e situações-problema, rotinizados pelas investigações coletivas e pela troca entre pares, soma-se às diligências de outros autores que desempenharam esse papel há algumas décadas, como é o caso de Ricardo. Aliás, o enigmático título Zigue-zague diz tanto sobre a sua própria posição no interior da academia, quer dizer, sempre em trânsito e no vai e vem das disciplinas universitárias, mas também nos faz pensar nos diversos itinerários tomados pelo livro aqui resenhado, que flerta com a literatura comparada, a história das ideias e a sociologia intelectual, sem com isso se fixar ou se enclausurar em nenhuma delas.

Para além do conteúdo de suas análises, fica evidente ao longo da leitura de A sociedade dos textos uma certa afinidade metodológica e terminológica com a obra de Benzaquen. Por exemplo, em “Personalidade e destino: Pedro Nava, Mário de Andrade e a socialização do modernismo”, “A viagem de Mário de Andrade à Amazônia: entre raízes e rotas”, “A Paixão segundo Pedro Nava” e “Dois estudos para retrato inacabado de Silviano Santiago”, fica exposto o empenho em se pensar a formação da subjetividade das personagens estudadas, da sua automodelagem e da construção do self a partir dos diversos registros deixados pelos escritores e intelectuais, seja a troca de cartas, a autobiografia, os diários ou os escritos de jornal. Atentos aos desígnios da Bildung, tributária do romantismo alemão de Schiller e Goethe, os críticos percorrem a maneira como a subjetividade é apresentada e moldada ao gosto e a contragosto dos sujeitos. Gesto esse que parece se assemelhar ao interesse geral de Benzaquen em “Um grão de sal: autenticidade, felicidade e relações de amizade na correspondência de Mário de Andrade com Carlos Drummond” e “Através do espelho: subjetividade em Minha formação, de Joaquim Nabuco”, para citarmos dois ensaios célebres. O rendimento de tal apropriação é façanhoso, na medida em que opera uma complexificação da costura enigmática entre a vida e a obra dos escritores, apresentando como, em cada texto, a automodelagem da personalidade é retrabalhada, condensando-se numa espécie de apresentação de retratos – como o faz André Botelho no seu texto sobre Silviano Santiago –, sempre apoiados no contexto e na fortuna crítica disponível.

O adensamento das diversas questões traz à tona a atualidade do debate sobre as relações sempre labirínticas entre literatura e sociedade, que, no caso do livro, aponta para um inacabamento positivo, de desestabilização dos limites que cercam cada um desses termos. Faz-se ecoar, à sua maneira, o destaque do conectivo “e” que relaciona e agrupa duas dimensões heterogêneas e relativamente autônomas da vida social – a vida e a arte –, prometendo pensar antes naquilo que possibilita as trocas do que na preponderância de uma sobre a outra. Silviano Santiago, em texto publicado na revista Europe, de agosto de 1982,[1] retoma a noção de “entre-lugar”, agora destacando a dupla filiação ao problema da dependência: “Esse gesto [do entre-lugar] compreende uma forma de ambiguidade subversiva na medida em que a afirmação e a negação da dependência se cruzam num único discurso”.[2] O aparente paradoxo entre duas heterogeneidades, com atenção redobrada para aquilo que as tensiona e as coloca em relação, parece ter sido justamente o tema de fundo de A sociedade dos textos. Vale a pena, mais uma vez, sublinhar a afinidade, em primeiro lugar, de método, quer dizer, da forma como os termos são articulados e o problema é montado. Ainda que os imbróglios da “dupla consciência”, da “dupla filiação”, da “dependência” e do “entre-lugar” participem, de alguma forma, do livro em questão, os paralelos traçados são mais da ordem da analogia do que dos termos que compõem o debate, para evitar grosserias teóricas.

De volta ao debate do livro, para finalizarmos, no seu primeiro capítulo, o problema é colocado nos seguintes termos: “Literatura e sociedade seguem, então, sendo frequentemente vistas como termos externos um ao outro, e não mutuamente implicados na relação que formam […]”, ao que os autores respondem, deixando claro o projeto e os rendimentos de uma visão alternativa aos nexos que ligam a literatura e a sociedade: “Nossa aposta é que a reflexividade possa vir a se constituir numa perspectiva de renovação também da sociologia da literatura […] não apenas ao problematizar o termo ‘literatura’, mas também ‘sociedade’, bem como a própria ‘relação’ significativa entre eles”. Assim, o livro garante sobrevida ao debate da sociologia da literatura, alegrando os novos leitores e acenando aos críticos já consagrados. Num só movimento, alinha a nova geração de pesquisadores às discussões canônicas do campo da sociologia e da crítica literária, enquanto formula novos agenciamentos que podem reorganizar, para mais a frente desorganizar novamente, o imbróglio sempre latente entre a literatura e a sociedade.

Notas

[1] O texto “In-dépendance de l’intelligence brésilien” é uma versão de “Apesar de dependente, universal”, publicado em Vale quanto pesa, também de 1982. Esse texto foi escrito, num primeiro momento, como apresentação de O poder rural na ficção (1981) de Heloisa Toller Gomes, ex-orientanda de Silviano, livro que se originou de sua dissertação de mestrado defendida em 1977 no Departamento de Letras da PUC-Rio. A citação foi retirada da versão francesa do texto por conter importantes notas de rodapé, como a que utilizamos nesta resenha.

[2] “Ce geste comprend une forme d’ambiguïté subversive dans la mesure où s’entrecroisent dans un seul discours l’affirmation et la négation de la dépendance”.

Referências

ANDRADE, Mário de. (2006). Ensaio sobre a música brasileira. Belo Horizonte: Itatiaia.

ANDRADE, Mário de. (2016). Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. Prefácio de Simone Rossinetti Rufinoni; estabelecimento de texto de Telê Ancona Lopez, Tatiana Longo Figueiredo. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras.

ARAÚJO, Ricardo Benzaquen. (2019). Zigue-zague: ensaios reunidos (1977-2016). Seleção e organização Carmen Felgueiras, Marcelo Jasmin e Marcos Veneu. Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio; São Paulo: Editora Unifesp.

BOTELHO, André; HOELZ, Maurício. (2022). O modernismo como movimento cultural: Mário de Andrade, um aprendizado. Rio de Janeiro: Editora Vozes.

BOTELHO, André; HOELZ, Maurício; BITTENCOURT, Andre. (2022). A sociedade dos textos. Belo Horizonte: Relicário.

HOMBEECK, Lucas van. (2022). Poema sujo, intérprete do Brasil. São Paulo: Hucitec.

SANTIAGO, Silviano. (1982). In-dépendance de l’intellectuel brésilien. Europe: Revue Littéraire Mensuelle, Paris, Vol. 60, 640,  Aug 1, p. 148-157.

SANTIAGO, Silviano. (1982). Vale quanto pesa: ensaios sobre questões político-culturais. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

SANTIAGO, Silviano. (1981). Apesar de dependente, universal. In: GOMES, Heloisa Toller. O poder rural na ficção. São Paulo: Ática, p. 11-20.

SANTIAGO, Silviano. (2001). Borges. In: SCHWARTZ, Jorge. Borges no Brasil. São Paulo: Editora UNESP.

SANTIAGO, Silviano. (2000). “O entre-lugar do discurso latino-americano”. In: Uma literatura nos trópicos: ensaios sobre dependência cultural. Rio de Janeiro: Rocco, p. 9-26.

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