Na mira do governo iraniano, cineasta exila-se num vilarejo enquanto dirige via internet o seu filme. Em debate, a ética sobre imagens — sobretudo quando vidas estão em jogo — e limiares: entre o Irã e Turquia; o documentário e a ficção…
Silviano Santiago disseca a busca do alagoano pela escrita seca e sólida, sem um milímetro de excesso. Entre Eça e Eliot, Mário e Machado, ele desfia as linhas de força e mostra o elo fundamental entre o escritor e o cidadão, sua poética e o socialismo
O Discreto Charme da Burguesia faz 50 anos. Ressurgem, nas telas, obras sobre os ricos. Mas há um fosso entre Buñuel – que expôs crueldade e medo – e a brandura das novas produções. Mudou a luta de classes? Poderá a arte afiar sua navalha?
Em O homem cordial, Iberê Carvalho constrói a narrativa de uma noite turbulenta, envolvendo um policial à paisana, um jovem desaparecido e um cantor de rock. Emergem as fraturas de um país cindido e feridas históricas não cicatrizadas
Recém-lançada, a Rede Katahirine – ‘constelação’ de realizadoras – articulará espaços políticos. “O cinema indígena é uma armadilha de caçar: no caso, nós somos a caça”, explica coordenadora, mostrando como telas se tornam campos de luta
Em A Primeira morte de Joana, de Cristiana Oliveira, garota explora suas relações familiares e sexualidade em meio aos horizontes vastos e à moralidade estreita do extremo Sul. Jair Rodrigues, de R. Rewald, aponta peculiar negritude do músico
Marginal, dissidente, literarrua, poesia das ruas. As muitas denominações conotam sentimentos emergentes, que não se enquadram nos critérios canônicos. Suas duas grandes linhas, periférica e hip hop, com visões opostas dos arrabaldes