Anvisa insiste em tentar distinguir uso recreativo e medicinal. Atitude tola reflete uma velha tendência de instituições médico-científicas no Brasil. E as consequências são trágicas, com mortes e sofrimento de populações marginalizadas
SP aprova distribuição de canabinóides pelo SUS. O médico Paulo Fleury analisa: medida é limitada, porque país obriga-se a importação desnecessária. Mas pode desencadear processo sem volta, que terminará com a legalização integral da planta
Médico conhecido por explorar potencial terapêutico da maconha sustenta: “guerra às drogas” mata muito mais do que as substâncias psicoativas. Mudança também combateria outras chagas sociais, como o encarceramento em massa
Paulo Fleury, médico e filósofo perseguido por sua atuação, relata: os benefícios que a planta e seus derivados produzem estão cada vez mais evidentes. Para bani-la, algumas entidades apelam ao negacionismo e aos preconceitos
Cresce a compreensão de que a política brasileira para substâncias psicoativas é brutal e desastrosa. Nos CAPS-AD e nas Redes de Atenção Psicossocial há bases para a mudança, diz a assistente social, psicanalista e ativista Fernanda Almeida
Óbitos por abuso de substâncias psicoativas já superam os homicídios e acidentes de trânsito, combinados. Mas os vilões não são as drogas proscritas, e sim os opioides – produzidos por grandes corporações farmacêuticas
Estudo estatístico nos EUA relaciona consumo de ayauasca, cogumelos alucinógenos, LSD e mescalina a uma menor incidência de doenças cardíacas e diabetes. Mas não aponta relação causal entre os dois fatores