Primavera Brasileira ou golpe de direita? (2)
Publicado 23/06/2013 às 18:27
Perguntas e respostas sobre um movimento que está mudando a cena do país – e cujo futuro, aberto, será decidido também por você
Por Antonio Martins | Imagem: Pirikart
2. Há no ar uma tentativa de golpe antidemocrático?
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Leia também:
1. É possível falar em “Primavera Brasileira”?
4. Por que a tentativa de capturar os protestos é frágil e pode ser vencida?
5. Que temas permitem retomar uma pauta de direitos e transformações?
6. Que são as Assembleias Populares e como elas podem preparar uma nova fase da mobilização?
7. Que revela a postura de Dilma e como os movimentos podem tirar proveito dela?
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Diversos sinais indicam que sim. Desde terça-feira (18/6), o jornalista Jânio de Freitas chamou atenção para a presença intensa de provocadores, em episódios como a tentativa de invadir a prefeitura de São Paulo. A ação que eles desenvolvem – radicalizar artificialmente os movimentos, para justificar a “restauração [autoritária] da ordem” – é típica em golpes de Estado na América Latina, como o do Brasil (1964) e Chile (1973). Além disso, as manifestações de quinta-feira (20/6) tiveram a presença ostensiva de skinheads e de grupos que agrediram militantes de esquerda. Neste dia, a TV Globo quebrou um tabu e deixou de transmitir todas as suas novelas, para “cobrir” as manifestações de maneira distorcida, em seu esforço para capturá-las. Já na sexta-feira (21/6) à noite, pequenos grupos cortaram, simultaneamente o tráfego de quase todas as rodovias que ligam São Paulo ao resto do país. Houve saques na Via Dutra e na Barra da Tijuca. São táticas totalmente estranhas aos movimentos sociais, adotadas para gerar medo e pedidos de intervenção.
A tentativa de golpe vai se intensificar nos próximos meses, porque uma série de fatores colocará em xeque as políticas que os governos de esquerda adotam há dez anos (Outras Palavras tratará do tema em breve). Será preciso fazer uma opção entre ampliá-las (redistribuindo riqueza a questionando privilégios) ou deixá-las para trás. Exatamente por isso, as ruas não podem ser abandonadas por quem luta por uma sociedade justa e liberta.
Acredito que estamos num momento de extrema vulnerabilidade. As manifestações de violência por parte dos manifestantes: saques, destruição e depredação do patrimônio público, como também de lojas, os ataques ás pessoas de partidos de esquerda, já são na minha opinião, motivos suficientes para que as lideranças do movimento, (se ainda podemos falar de sua existência),
desmobilizassem e desconvocassem pelas redes sociais, as manifestações de rua.
Tá mais do que óbvio que é um golpe de direita. As elites, a grande mídia, apoiam essas manifestações. Preciso dizer mais?
A manipulação pode vir de qualquer lado, essa história de direita ou esquerda é pura falácia, pois tanto uma quanto outra, podem dar o golpe a qualquer, momento. O que está deixando as tendências boquiabertas é que o movimento é suprapartidário (não apartidário). Vi comentários de militantes da esquerda, e da direita, afirmando que o país só mudará através de uma ruptura violenta. Olhem para o novo mundo que pode surgir sem essas especulações sobre direita e esquerda. Os verdadeiros brasileiros apostam em uma mudança com participação de todos os segmentos sociais, independentemente de partido, raça, credo, sexo, status social. Os políticos profissionais não nos representam mesmo, essa é a realidade. Queremos uma reforma política ampla, discutida com a sociedade. Parem com essa história de luta de classes, ou coisa parecida, precisamos unir forças sem preconceitos. Estamos na rua não por uma direita, ou esquerda, salvadoras da pátria, mas por querermos mudar a governança brasileira. Saudações
O gigante despertou mas a direita e a mídia. estão tentando dar o golpe.
Quando ela não consegue por meios democráticos, utilizam a força.
O Gigante despertou só precisa ACORDAR. Não se deixem manipular.
Parabéns,Antonio,pelos artigos.
Abraço,
Hermano Melo.