Hoje, mulheres voltam a pedir: ele, não

Bolsonaro é responsável pelos mais de 60 mil óbitos pela covid – que afeta em particular grávidas e puérperas. Documento pedindo seu afastamento, assinado por mais de 40 mil, será entregue à Câmara, acompanhado por ato virtual

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Por Movimento Mulheres Derrubam Bolsonaro

O movimento #MulheresDerrubamBolsonaro entrega à presidência da Câmara dos Deputados, nesta quinta (02/07), o Manifesto das Mulheres Brasileiras, que pede o fim deste (des)governo. Durante a sessão, o documento assinado por mais de 40 mil mulheres e apoiado por 150 organizações da sociedade civil, será encaminhado por parlamentares presentes no plenário. Entre elas, Perpétua Almeida (PCdoB-AC), Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e Natália Bonavides (PT-RN).

O documento pede às instituições da República providências para interromper o mandato de Jair

Bolsonaro. Ao presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia é solicitada a abertura do processo de Impeachment. Ao Tribunal Superior Eleitoral, o pedido de cassação da Chapa Bolsonaro/Mourão. À Procuradoria-Geral da República, que provoque o Supremo Tribunal Federal na responsabilização do presidente pelo desrespeito à Constituição, por apologia ao fascismo, ao racismo, à ditadura e pelas 60 mil mortes provocadas pela COVID-19, sem a adoção de uma política emergencial de saúde que pudesse enfrentar a pandemia. Essas instituições da República também receberão o Manifesto a partir desta quinta-feira (02).

ATOS PÚBLICOS

O Levante de Mulheres, autor do Manifesto – composto por mais de 200 brasileiras de diversos movimentos feministas, antirracistas, indígenas, LGBTQI+, de defesa de direitos, e que se abrigam sob hashtag #MulheresDerrubamBolsonaro – fará um ato a partir de 15h desta quinta-feira (02) em dois pontos: no Gramado da Câmara Federal e na calçada em frente ao TSE.

As militantes usarão máscaras e terão todos os cuidados de prevenção ao novo Coronavírus.

Trata-se de um ato político para reforçar o pedido de providências às instituições.

Da programação fazem parte: jograis, performances, cantos e manifestações ritualísticas. “É preciso haver “abertura de caminhos para o Novo Momento político que reivindicamos e pelo qual lutamos, assim como para a proteção de todas as mulheres envolvidas nesta grandiosa ação política”, dizem as organizadoras do ato.

LIVE

Será realizada uma live, das 15h às 17h, que divulgará a movimentação nos gramados da Câmara e na porta do TSE, ouvirá lideranças que apoiam o movimento #MulheresDerrubamBolsonaro, deputadas da Frente Parlamentar Feminista, Antirracista Com Apoio Popular e acompanhará momentos da sessão da Câmara.

A ancoragem será realizada pelas coordenadoras do Levante Analba Brazão Teixeira, da Articulação de Mulheres Brasileiras e SOS Corpo – Instituto Feminista para a democracia e Patrícia Zaidan, jornalista, psicóloga e feminista. Nos atos em Brasília, a ancoragem será da publicitária preta, periférica e ativista de Direitos Humanos Ludimilla Teixeira, do grupo Mulheres Unidas Contra Bolsonaro (MUCB).

No manifesto elas escreveram: “Já fomos às ruas dizer que ‘Quem Ama não Mata’, lutamos pelas ‘Diretas Já’, pelo ‘Fora Cunha’, ‘Não ao golpe’, ‘Fora Temer’, dissemos ‘Nenhuma a menos’. Bebemos da experiência das Marchas das Margaridas, da Marcha de Mulheres Negras, e, nas últimas eleições, gritamos que ‘Ele não’! Agora, voltamos para avisar: ‘Ele Cai!’”

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