Em três livros de autores periféricos, um acerto de contas com o passado: a prostituta de luxo, o poeta-mochileiro e a escritora que recorda. No impulso das obras: revolta, conquista e rancor. No respectivo agir, resignação, desgosto e dor
A quinze dias do 8 de Março, uma proponente das greves feministas explica como elas tornaram-se gigantescas e também radicais; por que inventam nova classe trabalhadora; e de que modo se chocam com a essência da condição neoliberal
Crônica da multiplicidade foliã do Carnaval: na periferia do Recife, um grupo de mulheres gordas, não tão jovens e quase todas negras cria um bloco para exercer e festejar o direito a se sentirem bem com seus corpos, sem padrões estéticos irreais
Na Espanha, pólo das greves globais do 8 de Março, ativistas e pensadoras provocam: “No capitalismo, trabalho não é orgulho, mas submissão. Temos direito a nosso tempo. Acessar recursos é participar da riqueza que todas produzimos”
No delicado — e assumido — melodrama de Karim Aïnouz sobre duas irmãs apartadas nos anos 50, o machismo que esfacela histórias. Mas, quando se afasta de personificação e retrata cultura opressora, denúncia ganha mais contundência