OutrasPalavras

Jornalismo de Profundidade e Pós-capitalismo

A doença é a mais letal e a mais antiga do mundo. Três imunizantes que podem contê-la estão em fase avançada de estudos – e um Conselho Acelerador da OMS busca direcionar investimentos e traçar estratégias para distribuí-la de forma igualitária

Novo surto eclode na África. Para combatê-lo, há estrutura para fabricação de vacinas e fundo de emergência para países adquiri-las. Mas falta coordenação do Norte Global para diminuir a desigualdade, além de garantir autonomia para o continente enfrentar novas crises

Quantidade de vacinas disponíveis é irrisória – e não há mobilização para produzi-las. Um único país (os EUA) concentra quase todas as doses. E mesmo lá, desarticulação do sistema público bloqueia distribuição eficaz

Em novo lance da disputa crucial pelo futuro da tecnologia, decisões judiciais sustentam: conhecimento produzido por máquinas não pode ser patenteado. Mas corporações apelam à “propriedade intelectual” para obter mais lucros

Uma engenhosa distorção do mapa global expõe graficamente os déficits de imunizantes nos países emergentes. O privilégio dos países industrializados diminuiu, afirma a OMS. Mas as dificuldades no resto do mundo continuam enormes, registra a imprensa

Em desafio à big pharma, a Corbevax é produzida a baixo custo e está licenciada sem patente para uma fabricante de vacinas da Índia, que prevê produzir 100 milhões de doses por mês já em fevereiro

Iniciativa da OMS para distribuir vacinas aos países pobres ainda está longe de cumprir seu objetivo. Mas das nações do Norte e de grandes empresas serão a única saída para que o mundo supere a pandemia?

A ciência mostrou-se capaz de conter a pandemia, com a produção de vacinas em velocidade nunca antes alcançada. Os imunizantes mostraram-se cruciais para superar a crise. Mas as velhas lógicas ainda abandonam alguns países no caminho…

Incapazes de coordenar defesa de suas populações, países ocidentais fecham-se à África. O que se sabe sobre a variante ômicron. Por que a resposta a ela é tão obtusa. Brasileiro que lidera sequenciamento condena atitude colonizada face à descoberta

Multiplicam-se os sinais de racismo vacinal: há menos africanos vacinados do que pessoas protegidas com três doses, no resto do mundo. Indústria farmacêutica não transfere tecnologias – e comemora lucros de mil dólares por segundo