Vacinação: da produção científica à desigualdade, em gráficos

A ciência mostrou-se capaz de conter a pandemia, com a produção de vacinas em velocidade nunca antes alcançada. Os imunizantes mostraram-se cruciais para superar a crise. Mas as velhas lógicas ainda abandonam alguns países no caminho…

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Embora desejássemos intensamente, nos pedidos de ano novo de 2020, a pandemia não foi embora em 2021. Mas não se pode negar que as vacinas foram responsáveis por uma profunda transformação no cenário. Apesar da imensa desigualdade e falta de coordenação global para conter a crise sanitária, somos quase quatro bilhões e meio de vacinados. Como balanço de fim de ano, a Nature reuniu oito gráficos que ajudam a compreender a situação e pintar um retrato do contexto da vacinação no mundo. Abaixo, reproduzimos três deles.

Gráficos como o acima já foram reproduzido algumas vezes neste boletim. Este indica a quantidade de doses por 100 habitantes – a maior parte das vacinas é de duas injeções, por isso os números altos. Evidencia a profunda desigualdade vacinal: a África subsaariana, por exemplo, ainda está estagnada nos 20% de cobertura.

As três vacinas mais aplicadas no mundo também são as que predominam no Brasil: AstraZeneca, CoronaVac e Pfizer. No total, 23 imunizantes já foram aprovados e estão sendo administrados ao redor do mundo.

Boas notícias vieram do mundo da ciência. Nunca uma vacina havia sido produzida numa velocidade tão grande: a pandemia foi declarada no início do ano, e no mês de dezembro as primeiras pessoas já haviam começado a ser imunizadas. Também é possível reparar, no gráfico, que vacinas para doenças de países pobres, como a do ebola, que são menos importantes para o Norte global, demoram mais para ser produzidas.

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