“É preciso se amar primeiro para depois amar alguém”. Mas o amor seria um reservatório transbordante? A incompletude não o constitui? Não estaria aí o medo de perder-se, o querer ser amado e encarar ausências com certa indiferença?
Pensadora vê nesta ideologia a síntese das opressões de raça, gênero e classe. E provoca, em livro recém-lançado no Brasil: antirracismo e feminismo podem ser capturados se, mais que transformar o mundo, buscarem ser reconhecidos
Socióloga marroquina aponta: sistema privatizou o eu, reduziu relações amorosas a consumo de lazer e transformou o sofrimento psíquico em grave (e particular) pecado. Combater a exploração também exige desmercantilizar a felicidade
Penélope tece: sempre a mesma coisa. Ulisses parte, sem chegar a lugar algum. A “família tradicional” ruiu, mas repetimos seus personagens — e acrescentamos a especulação. Há três caminhos para construir um amor realmente livre
Em duas autoras representativas do “movimento de poesia falada”, amores, identidade negra e aguerrida crítica ao machismo. Uma contundente forma de arte urbana, que conecta retórica à vida — e espanca e estanca os dramas da periferia
Obra-prima do dinamarquês Carl Dreyer mostra o conflito entre o mundo concreto e o sagrado — só transcendido pelo amor e pela fé. Na mesma sessão, conectado pela celebração da vida, A busca do lucro e o sussurro do vento, de John Gianvito
Em livro recém-lançado, Silvia Federici argumenta: capital manipula o amor para sujeitar mulheres ao trabalho gratuito. Remunerá-lo representará uma revolução ao escancarar opressão às “donas de casa” e obrigar os homens a rever seu papel