Um mundo ainda mais desigual em 2014

As 400 pessoas mais ricas do planeta ampliaram sua fortuna em 92 bilhões. Agora, 0,7% da população concentra 44% da riqueza mundial, enquanto 69,8% têm acesso a apenas 2,9%

Na Esquerda.net

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O relatório “Credit Suisse 2014 Wealth Report” aponta que 0,7% da população concentra 44% da riqueza mundial, enquanto 69,8% da população mundial detém apenas 2,9% da riqueza

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As 400 pessoas mais ricas do planeta ampliaram sua fortuna em 92 bilhões. Agora, 0,7% da população concentra 44% da riqueza mundial, enquanto 69,8% têm acesso a apenas 2,9%

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O lucro de multimilionários como o chinês Jack Ma, líder do Alibaba, contrasta com a desigualdade que alargou o abismo entre ricos e pobres neste ano.

As pessoas mais ricas do planeta ficaram ainda mais ricas em 2014, adquirindo pelo menos 92 bilhões de dólares na sua fortuna coletiva, revelou o Índice de Bilionários da Bloomberg. O patrimônio líquido dos 400 multimilionários mais ricos do mundo foi de 4,1 biliões de dólares conforme dados divulgados em 29 de dezembro de 2014.

De acordo a agência de notícias financeira norte-americana, os lucros deste ano acontecem no meio da queda nos preços da energia. A Bloomberg também responsabiliza a “turbulência geopolítica” incitada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, que teria favorecido alguns desses multimilionários.

Em 2014, o principal vencedor foi Jack Ma, co-fundador do Alibaba Group Holding Ltd., a maior empresa de comércio eletrónico da China. Ma, um ex-professor de inglês de 50 anos que iniciou a empresa no seu apartamento em 1999, obteve um lucro anual de 25,1 bilhões de dólares, ultrapassando Li Ka-shing, o então homem mais rico da Ásia.

Percentagem de milionários por país de residência

Além de Ma, outros dois ganhadores neste ano foram Warren Buffett e Mark Zuckerberg, nos Estados Unidos. Diretor executivo da empresa Berkshire Hathaway, Buffet obteve lucro de 13, 7 bilhões de dólares. Já o criador do Facebook acrescentou à sua riqueza mais 10, 6 bilhões de dólares nos últimos 12 meses.

Em 2014, Buffet ultrapassou no posto de segundo homem mais rico do mundo o multimilionário mexicano Carlos Slim, que lidera um conglomerado de comunicações. O cargo de mais rico do planeta ainda é do co-fundador da Microsoft Bill Gates, que mantém uma fortuna de 87, 6 bilhões. No Brasil, Jorge Paulo Lemann, o mais rico do país, teve aumento de 3,2 bilhões no seu bolso.

De acordo com o grupo Oxfam, em relatório publicado em outubro deste ano, o número de multi milionários do planeta dobrou desde 2008, quando se deu inicio à crise financeira à escala global. De acordo com o material, as 85 pessoas mais ricas têm o equivalente à metade mais pobre do mundo.

À Agência Brasil, o diretor da Oxfam no Brasil, Simon Ticehurst, explicou que entre as causas da desigualdade, que aumenta cada vez mais o fosso entre ricos e pobres, está o “fundamentalismo do mercado”, que promove um crescimento económico, beneficiando apenas a elite.

O relatório “Credit Suisse 2014 Wealth Report” aponta que 0,7% da população concentra 44% da riqueza mundial, enquanto 69,8% da população mundial detém apenas 2,9% da riqueza. Em 2013 os 0,7% mais ricos concentravam 41% da riqueza mundial.

 

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4 comentários para "Um mundo ainda mais desigual em 2014"

  1. Lucia disse:

    E depois não existe os illuminatis kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  2. Na enorme desigualdade social está a origem da violência, a desigualdade em si mesma é uma violência. Felipe Silva

  3. Por que você acha que os salários da maioria dos trabalhadores e trabalhadoras são tão baixos na maior parte dos países?
    Por que você acha que, nesse momento, 36 mil professores e professoras estão tendo que ir às ruas em Brasília para receber salários atrasados?
    Por que você acha que existam tantas pessoas “morando” nas ruas na maioria das cidades do mundo? Brasília tem cerca de 3,5 mil pessoas nas ruas; Rio de Janeiro 16 mil; São Paulo mais de 20 mil; Nova Iorque 100 mil…
    Por que você acha que as periferias das médias e grandes cidades são tão pobres? falta transporte, faltam escolas, hospitais, sobram violência e desespero?
    A riqueza produzida por todos e todas, em qualquer país do mundo, tem um tamanho, tem uma largura, tem um limite. Não é infinita.
    E, essa riqueza vem, principalmente, desde a Revolução Industrial dos séculos XVIII/XIX, sendo apropriada por uma minoria de pessoas.
    Não tenha ilusões trabalhador, trabalhadora, jovem estudante, o que você produz está indo para os bolsos de uns poucos, você fica com apenas parte do que vale suas horas a mais de trabalho.
    E vai sempre assim se você não reagir.
    A reação pode ser inciada com a busca por mais informação de qualidade, por mais anos de escola, com mais e qualificadas escolas, com mais e qualificados professores e professoras, com mais tempo para a leitura, com mais tempo para o lazer, com mais tempo para ver o mundo.
    Ao sair para a escola ou trabalho nesse início de ano, lembre-se, o que você produzir hoje, maior parte vai para o bolso de um super rico. A riqueza, produzida por você, pela sua família e amigos, está alimentando a desigualdade na sua cidade, no seu país e no seu mundo.

  4. victor disse:

    Aí que entra o que o Piketty defende. O Estado precisa agir. Precisa taxar pesadamente as grandes fortunas, os patrimônios e as heranças. Além de restringir a liberdade de mercado. Senão, daqui alguns anos os governos e o mundo ficará ingovernável.

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