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Ciência identifica sequelas pós-pandemia. Algumas são devastadoras, rememoram um longo episódio de misoginia médica e expõem, em particular, insensibilidade dos governos e corporações que insistem na “volta ao trabalho e ao normal”
Com ultradireita, emerge tentativa de atribuir colapso ambiental à superpopulação e à alta natalidade dos não-europeus. Rasteiro, argumento atende a interesse poderoso: defender (e até ampliar) o padrão de consumo infinito dos ricos
Uma sucessão de enquetes revela: populações rejeitam a “normalidade” que gerou consumismo, destruição, crises e catástrofes. Os donos do mundo querem forçar o regresso a este pesadelo. Mas a saída do labirinto terá de ser anormal
Há séculos, ensino ocidental prepara para competir, quando precisamos de cooperação; e privilegia saberes que nos distanciam da natureza, o que é alienante e trágico. Agora, a paralisação das aulas pode estimular uma mudança profunda
A pretexto de “salvar a economia e os empregos”, governos socorrem grandes corporações e bancos que quebraram, por especular demais. Muito melhor seria abandoná-los — resgatando o planeta e as chances de transformar a sociedade
São colaborativos, sensíveis, inteligentíssimos. Talvez, os animais que mais amamos. Mas seu massacre em massa persiste, diante de nossa cegueira cúmplice. Os governos omitem-se. Uma atitude de boicote nos resgataria da alienação?
As bolhas de conforto e negação estouraram. A vida não está protegida por cápsulas: a casa, o carro, o shopping. Espalham-se riscos: mudanças climáticas, fome, bactérias resistentes. Enfrentá-las exige desafiar as cegueiras do capital
Índia, China, África do Sul, Europa. Face à crise, multiplicam-se pelo mundo iniciativas de compartilhamento e auxílio mútuo. São embrionárias. Mas apontam para novas relações e subjetividades, diante do colapso das lógicas neoliberais
Breve, será possível produzir todo tipo de alimento sem a devastação provocada pela grande agricultura e pecuária. O que isso revela sobre as oportunidades de nossa época e as sabotagens de um sistema que insiste em não morrer
Neurociências apontam: falas que provocam medo, tensão e estresse estimulam o cérebro a reagir primitivamente e bloqueiam o pensamento elaborado. A ultradireita aprendeu a manipular este mecanismo. É preciso desarmá-lo