PÍLULAS | Adenovírus seria causa do surto misterioso de hepatite infantil

• Tecnologia da Fiocruz contra os mosquitos • Nova rotulagem de alimentos • Mortes em domicílio na pandemia •

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Surgiu uma nova hipótese para a multiplicação inesperada, em diversos países do mundo, de casos de hepatite infantil. Testes realizados no estado de Alabama, EUA, sugerem que o chamado adenovírus 41 pode estar por trás das manifestações. Nove das crianças acometidas pela hepatite testaram positivo para o vírus. Segundo a agência norte-americana de Saúde Pública, isso pode significar relação causal. Segundo a OMS, mais de 170 casos de doença aguda do fígado em crianças foram observados nas últimas semanas, em 11 países. O número é considerado expressivo porque os casos graves de hepatite são raríssimos em crianças. No Reino Unido, por exemplo, ficam normalmente na casa de um dígito por ano. Mas já são mais de cem, em quatro meses de 2022. A investigação e pesquisas recentes já descartaram outras exposições comuns como causa da enfermidade, como covid e as hepatites A, B e C.


Fiocruz cria tecnologia para barrar a proliferação do aedes aegypti

Chegam em outubro às prateleiras dos supermercados os novos rótulos nas embalagens de alimentos. Aprovados em outubro de 2020 pela Anvisa, após 6 anos de debates, eles expressam, segundo pesquisadores da Abrasco ouvidos por O Globo, vitória da luta por uma alimentação saudável. Na parte frontal de cada produto, haverá advertências em tamanho visível sobre a presença de altos teores de açúcar, sódio ou gorduras saturadas. A indústria de alimentos defendia alertas menos claros. Espera-se que a rotulagem ajude a combater o aumento do consumo de comidas ultraprocessadas e o do sobrepeso na população brasileira. O país tem mais da metade da população acima do peso, com percentuais superiores a 60% em cinco capitais. Dados da pesquisa Vigitel, do ministério da Saúde, mostram que, desde 2006, em média, 360 mil pessoas acima de 18 anos engrossaram as taxas de excesso de peso a cada ano.


Descaso com a covid multiplicou outras causas de morte

A negligência do governo federal diante da covid não provocou apenas as 650 mil mortes pela doença. Aumentaram de modo expressivo em 2020 e 2021, como se previa, também os óbitos em domicílio por outras moléstias – especialmente câncer e doenças cardiovasculares. Os dados foram apurados por levantamento da Vital Strategies relatado pela Folha. A causa é a sobrelotação dos hospitais e o colapso dos sistemas de Saúde. Os números são expressivos. Em 2020, foram 319.319 óbitos pelas doenças relacionadas acima — 20,7% mais que em 2019; O aumento de 2021 foi de 18%, sempre comparado com o ano anterior à pandemia. Apesar do menor número de óbitos se comparado, doenças que envolvem transtornos mentais e comportamentais também apresentaram um maior número de mortes durante a pandemia. 

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