Parlamentares pedem que ministro da Educação seja investigado por homofobia

Milton Ribeiro disse a jornal que adolescentes homossexuais são fruto de “famílias desajustadas” em que “falta atenção do pai, falta atenção da mãe”

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Ontem cedo o Estadão publicou uma entrevista com o ministro da Educação, Milton Ribeiro, sobre a volta às aulas presenciais no país e a desigualdade no acesso à internet. Mas o que mais chamou a atenção (além, é claro, de ele dizer que “esse não é um problema do MEC”) foram suas declarações notadamente homofóbicas: “(…) é claro que é importante mostrar que há tolerância, mas normalizar isso [homossexualidade], e achar que está tudo certo, é uma questão de opinião. Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe. Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato e caminhar por aí. São questões de valores e princípios”. 

O ministro, que é pastor presbiteriano, promete mudanças na educação sexual. Sua fala provocou reação. O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) anunciou que vai ao STF pedir que Ribeiro seja investigado por homofobia. Já o deputado David Miranda (PSOL-RJ), vai acionar o MPF. 

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