Como melhorar sua máscara

Após experimentos em laboratório, órgão de saúde dos EUA aponta que usar duas máscaras pode bloquear mais de 90% das partículas

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Já faz um tempinho que especialistas estão chamando a atenção para o fato de que, após tantos meses de pandemia, já deveríamos estar todos usando máscaras melhores. As PFF2, de uso hospitalar, são mais caras e inacessíveis a boa parte da população, mas ontem o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA divulgou um estudo bastante animador com indicações para melhorar a filtragem daquelas que são mais baratas.

Experimentos em laboratório mostraram que uma máscara cirúrgica sozinha bloqueou 42,% das partículas produzidas por uma tosse simulada; já uma máscara de pano de três camadas, sozinha, bloqueou 44,3%. Mas a máscara cirúrgica coberta pela de tecido conseguiu um bloqueio de 92,5%.

A chave para isso possivelmente está no ajuste: embora tenham boa capacidade de filtragem, máscaras cirúrgicas deixam muitos espaços, especialmente nas laterais. Uma máscara de pano bem ajustada por cima ajuda a cobrir esses espaços. Outra opção é usar apenas a cirúrgica, mas fazendo nós nos elásticos, bem rentes à borda da máscara, e dobrando o material restante para reduzir o vão – dá para entender melhor na imagem que acompanha o relatório, aqui.

A proteção, claro, aumenta ainda mais se todo mundo estiver de máscara: com a fonte de partículas e o receptor usando máscaras duplas, a exposição aos aerossóis foi reduzida em mais de 96%. Outras combinações (como duas máscaras de pano ou duas cirúrgicas) não foram testadas. 

O físico Vitor Mori, que integra Observatório Covid-19 BR e tem ampliado o debate sobre máscaras no Brasil, alerta que o mais importante de tudo é prestar atenção ao ajuste no rosto. Não adianta usar duas (ou mais) máscaras sobrepostas se houver buracos entre o material e a pele. 

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