O movimento de Luiza

Visando a retomada da economia, empresas privadas se juntam à bilionária dona da rede Magalu para “ajudar a chegar vacina” no Brasil

Foto: Igor Do Vale
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A inaptidão do governo federal em comprar vacinas – e, não esqueçamos, dos governos estaduais e municipais em distribuir as doses já disponíveis – gerou uma lacuna que o setor privado pretende preencher. Opondo-se ao conluio de empresários que pretendem comprar doses para imunizar seus funcionários, a bilionária Luiza Trajano lançou ontem o “Unidos pela Vacina”, com a meta de imunizar o país todo até setembro, pelo SUS, para “salvar vidas e destravar a economia”. Cerca de 400 empresas e entidades estão apoiando e, segundo o Estadão, o grupo já trabalha há um mês. 

Dona da rede Magazine Luiza, ela não pretende adquirir vacinas, mas “agilizar, com influência de nossas empresas, e ajudar a chegar vacina”. “O movimento planeja várias frentes, como facilitar a aquisição e produção de insumos, como seringas e agulhas, e ajudar na fabricação dos imunizantes, com o auxílio na logística e solução de problemas da Fiocruz e do Instituto Butantan”, diz O Globo. 

Não está claro como isso vai ser conduzido, mas, segundo Luiza, “nós temos empresas que estão na China, Índia, Estados Unidos e que estão querendo ajudar nessa solução”. O plano envolve fazer uma “radiografia” das unidades de saúde do país, um levantamento para entender a relevância do movimento antivacina por aqui, grupos de trabalho para dialogar com os governos em todas as esferas e uma campanha publicitária nacional a favor da vacina. Aliás, o Rio de Janeiro e Nova Lima (MG) são cidades-piloto e já estão sendo mapeadas. O presidente da Suzano vai ser o analista dos entraves à produção; o da Gol vai cuidar de logística e armazenamento. Embora não haja previsão para a compra de doses, esta semana houve uma reunião com o fabricante da vacina Sputnik V. 

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