Como estão as entregas de vacinas pelo mundo

Embora o atraso seja regra geral, países que apostaram em vários imunizantes, como o Chile, tem conseguido driblar escassez

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Um levantamento a partir de informações de embaixadas argentinas mostra quantas vacinas foram acordadas e quantas foram efetivamente recebidas até agora por 23 países. Os números são descritos em reportagem do jornal La Voz e, no geral, indicam que as entregas ainda estão muito, muito aquém daquilo que foi contratado: a Argentina recebeu 6,6% do que comprou; o Brasil, 4,4%; a Alemanha, 4,9%; o Japão, menos de 1%…  e assim por diante.

Claro que esses percentuais são mais preocupantes para nações que encomendaram poucas vacinas. O Reino Unido, por exemplo, recebeu mais ou menos 6% do que contratou. Porém, como encomendou mais de 420 milhões de doses para 67 milhões de pessoas, mesmo com os atrasos já deu para alcançar metade da população adulta

O país que mais recebeu pelo que pagou foi a Índia, que adquiriu 176 milhões de doses (sendo 166 milhões da vacina de Oxford/AstraZeneca) e recebeu 77 milhões, ou mais de 43%. Ainda é muito pouco para sua enorme população, claro – até agora cerca de 44 milhões de pessoas receberam alguma dose, o que dá menos de 3% dos habitantes.

Depois vem o Chile, um dos países mais rápidos do mundo na vacinação. Das 36 milhões de doses contratadas, mais de dez milhões já foram recebidas. É quase 30% – mesmo percentual da população que já foi vacinada até agora. Por lá, as maiores apostas foram na Pfizer (dez milhões de doses compradas) e na Sinovac (dez milhões também). O resto se divide entre AstraZeneca, Janssen, Covax e algumas outras. No entanto, praticamente todas as doses entregues são da Sinovac – a Pfizer entregou menos de um milhão. 

Já os Estado Unidos, que compraram 700 milhões de doses (300 milhões da Pfizer, 300 milhões da Moderna e outras cem milhões da Janssen), receberam 135 milhões – quase 20%. Cerca de um quarto da população do país já tomou pelo menos uma injeção. 

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