Amazon vai vender remédios

Gigante parece querer aniquilar a concorrência, prometendo preços 80% menores em genéricos e 40% nos de marca. Para isso, vai capturar dados de saúde dos clientes

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Ontem Jeff Bezos deu mais um passo em direção à meta de que a Amazon seja uma “loja de tudo”. A companhia anunciou sua entrada direta no lucrativo ramo das farmácias. Começa já essa semana a venda online de medicamentos em 45 estados dos EUA. Serão comercializados apenas remédios com receita – com exceção daqueles que são definidos como de alto risco de abuso, como opioides. 

E é claro que a Amazon Pharmacy vai capturar dados. Para acessar, os clientes precisam preencher um perfil com opções que vão das informações do seguro de saúde às alergias. Quem é assinante Prime vai ganhar descontos. E, neste primeiro momento, a Amazon parece querer arrasar a concorrência com a promessa de preços 80% menores em medicamentos genéricos e 40% nos de marca. As medicações podem chegar em até dois dias nas casas desses consumidores, sem taxa de frete.   

Lembramos que não é a primeira notícia que damos por aqui envolvendo a Amazon e farmácias. A empresa de tecnologia comprou em junho de 2018 a farmácia online PillPack, por US$ 1 bilhão exatamente com o objetivo de entrar no mercado de medicamentos por prescrição, avaliado então em US$ 450 bilhões. Tampouco é a primeira notícia envolvendo a gigante do varejo e a saúde. Amazon, JPMorgan e Berkshire Hathaway anunciaram, também em 2018, a criação de uma empresa chamada Haven com o objetivo de proverem, elas mesmas, assistência médica para seus mais de 1,2 milhão de empregados. Mas a Haven também teria outra pretensão: mudar a forma como os trabalhadores usam os serviços de saúde. Como? A partir de algoritmos capazes de fazer análises de dados dos trabalhadores. Mas não se sabe muita coisa sobre como anda o empreendimento.

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