As chances da AstraZeneca

Aposta do Brasil, imunizante usa tecnologia diferente dos desenvolvidos pela Pfizer e Moderna, que já apresentaram primeiros dados de eficácia

.

Este texto faz parte da nossa newsletter do dia 17 de novembro. Leia a edição inteira.
Para receber a news toda manhã em seu e-mail, de graça, clique aqui.

No Brasil, como o governo federal apostou quase todas as suas fichas na vacina de Oxford/AstraZeneca, são os resultados desse imunizante que mais nos interessam. Ainda não há nada de concreto nesse sentido, e a tecnologia usada por ela não tem nada a ver com o mRNA. Mesmo assim, especialistas acreditam que os novos dados de eficácia são favoráveis para candidatas feitas com abordagens diferentes também. Por quê?

As candidatas da Pfizer/BioNTech e da Moderna usam o mRNA para dar ao organismo instruções para produzir a proteína spike (ou ‘de espinho’) que o vírus usa para infectar as células e se replicar – a partir daí, a resposta imunológica é desencadeada. Então, quando alguém toma a vacina e produz essa proteína, seu corpo aprende a reconhecê-la e atacá-la, o que acontece rapidamente quando o vírus real aparece. O motivo do otimismo é que todas as principais vacinas testadas no momento têm com alvo essa mesma proteína spike. No caso da vacina de AstraZeneca, a  diferença básica é que a resposta imunológica é ‘aprendida’ pelo organismo após contato com um vírus inofensivo do resfriado de chimpanzés. 

De todo modo, agora o Ministério da Saúde parece estar se movimentando para negociar com outras empresas. Ainda hoje haverá uma reunião com a Pfizer; amanhã, com a Johnson & Johnson.; e, na quinta, com desenvolvedores da Sputnik V. 

Leia Também: