Em plataforma digital gratuita, uma preciosidade: De crápula a herói (1959), drama histórico de Rossellini, onde a trapaça é meio de sobrevivência — e até de luta política. A lição que Ennio Morricone nos deixa: a música pode ser luz na 7ª arte
Dois jovens poetas da periferia, um chamado à resistência do povo negro – sem panfletarismo. Em um, a tática de quilombagem e acumulação de forças; noutro, a rebelião. Em comum, a ideia de que margens fortes ditam os rumos dos rios
Em pré-estreia, um filme simples e engenhoso. Ana Maria Magalhães investiga que foi feito da ala mirim da escola de samba de 1992. Entre a vida nos morros e a arte popular, alguns tornaram-se músicos; outros perderam os sonhos ou a vida
Seu divagar vagaroso traz destroços de naufrágios — os próprios e os do país. No método de criação, o hábito caipira de cismar, com cafés e manhãs. Em lucubrações, a busca pela palavra justa e o trabalho de cão, mesmo em tempos difíceis para a Literatura
Nas obras recém-lançadas de duas escritoras periféricas, amores e conflitos. Numa, a violência é crua e até requer belicosidade; noutra, agride mais alma que corpo. Em ambas, o Candomblé como espaço ancestral e coletivo das mulheres negras
Estreias e inéditos no canal Itaú Play e no Belas Artes Drive-in. Entre elas, o premiado Piedade, dum Claudio Assis mais sutil e maduro, mas com suas marcas registradas: denúncia das injustiças, olhar amargo e o sexo como força libertária
Ele fala em “vontade do povo”, mas logo cai em contradição. Exalta-se. Perde o controle. Quebra liturgias. Há instabilidade, ruído, vozes dissonantes. Parece 2020, mas é 1968 nas lentes de Andrea Tonacci, indispensável cineasta brasileiro