Frente ao superávit de mediocridade entre as elites brasileiras, vale conhecer as ideias de um herdeiro da família Moreira Salles. Dono de uma das maiores fortunas do país, ele edita uma revista refinada e antibolsonarista e é mecenas nas Ciências
Sem seu sangue, de Alice Furtado, de forma onírica e vagarosa, foge aos clichês do suspense. No centro, o amor de Silvia por um jovem rebelde e hemofílico — e seu retiro nas Antilhas, permeado por vodu, sacrifícios e mortos ressuscitados
Duas autoras periféricas que fogem à estética de exaltação dos saraus. Com versos experimentais, densos e desterritorializados, elas expressam espantos e encantos, tentativas e erros — e, no entrepalavras, o silêncio como prece
Em formato online, começa o Festival É Tudo Verdade, que reúne o melhor da safra nacional e estrangeira de documentários. Na abertura, A Cordilheira dos Sonhos: tragédia e riqueza do Chile condensados numa elegia arrebatadora
Em Todos os mortos, uma família de cafeicultores encontra-se, numa São Paulo que se urbaniza, com sua ex-escravizada. Sob o drama familiar, feridas históricas: o fim recente da escravidão, a infância da República e a aurora do século 20
Elas desempregam pontos finais e vírgulas — e se tornaram prestadoras de serviços genéricos. Acoplam ideias não-formadas. Revelam a aflição do não-concluir da Geração dos Reticentes. Nem a linguagem escapa da rapina de nosso tempo…
Em duas autoras representativas do “movimento de poesia falada”, amores, identidade negra e aguerrida crítica ao machismo. Uma contundente forma de arte urbana, que conecta retórica à vida — e espanca e estanca os dramas da periferia