Estreia Meu pai, com Anthony Hopkins e indicado a vários Oscars. Filme imerge na deterioração senil pelos olhos de quem a sofre: tempo e espaço se dessaranjam, realidade e fantasia se misturam — e fica movediço o chão sob nossos pés
Associado ao êxito individual, o ser feliz tornou-se obrigação tormentosa. Pode ser, porém, o desfrute de uma vida sem medos; os convívios que permitem encarar o incerto e a tristeza; e uma ética que, prezando o cuidado, desafia os moralismos
Em dois livros de poetas da periferia, a desconstrução e a incompletude que se reflete em versos pessoais e imagens da cidade, ora sombrios, ora oníricos. Literatura de combate — que primeiro derruba; depois ajudar a juntar os cacos
Estariam os humanos duas doses atrasados? Em filme indicado ao Oscar, quatro professores testam esta teoria ao limite. Em estética embriagada, entre o prazer e o vício, viagem pela comunhão e euforia etílica — e as angústias existenciais
O isolamento nos impõe a casa e interdita o pertencimento. Uma estranha temporalidade, longe de afetos e memórias coletivas. Após milhares de mortes, o luto flerta com a indiferença — e lá fora, uma cepa mais assassina que a covid desgoverna o país
Reduto do samba e do choro na cidade pode não resistir sem socorro para estabelecimentos na pandemia – como muitos outros patrimônios culturais históricos. Proprietários e artistas arriscam campanha súbita para salvá-lo
Favorito ao Oscar, inspira-se na perseguição real aos protestos contra a Guerra do Vietnã. Desvela o racismo jurídico e as rixas do pacifismo, entre a revolução e as instituições. Tem a eficiência de Hollywood mas peca pela simplificação moral…