Um contundente filme sobre a alienação religiosa. Sem clichês, Pedágio mostra uma mãe que busca “salvação” num pastor-terapêuta para o filho que dubla divas do jazz da internet. A história é de passagens: da honestidade ao crime, da virtude ao pecado…
Documentários sobre Nelson Pereira dos Santos e Roberto Farias exaltam uma expressão fecunda do cinema nacional. Recheados de trechos de filmografia rara, resgatam a busca por democratizar a linguagem audiovisual e expandir seu êxito nas camadas populares
Em dois livros recém-lançados no Brasil, o escritor francês Mathieu Lindon reescreve, a partir de uma ética homoafetiva, sua amizade íntima com Michel Foucault e o escritor Hervé Guibert. Um diálogo se tece com a obra final do filósofo, que ficou inconclusa, pulsante
É possível, com palavras, fazer a carne mostrar-se para além dos véus com os quais é recoberta pelas leis da decência, do pudor e do horror? Tem sentido a ambição de fazer a carne desejar alguma coisa? Um livro-experimento busca respostas
No casarão da mãe entrevada, a filha que a cuida recebe a visita das irmãs. Em atmosfera de mistérios, Tia Virgínia é um drama doméstico onde a loucura, o humor e o horror brotam do cotidiano. Destaca-se a atriz Vera Holz, talvez no papel de sua vida
Casa na praia. Hóspedes em conflitos. Protagonista detestável. Premiado no Festival de Berlim, filme mostra o equilíbrio instável entre personagens e o avanço de um incêndio florestal que força vidas domesticadas a interagirem com forças da natureza
Na próxima semana, o escritor Silviano Santiago recebe o prêmio Camões. Em celebração, publicamos ensaio-depoimento em que ele revisita sua trajetória, entre o “vírus colonial” e sua “vacina”. Nesse atrito, forjou-se a altiva e fértil noção de “entre-lugar”
Alguns causos do escritor, morto há 70 anos. O perrengue econômico no Rio que o levou a escrever Vidas Secas. Suas rugas com o Partido Comunista. E o rechaço ao realismo soviético: “a literatura é revolucionária em essência, e não pelo estilo do panfleto”
Cineasta buscou o sofisticado no simples. Colocou a palavra e a imagem em pé de igualdade. Parecia sugerir que, se nos concentrássemos mais em ouvir, veríamos melhor. Talvez os filmes do espanhol Victor Erice possam dar pistas para entender sua obra…
Em novo filme, cineasta mostra um povo indígena, que fica abonado com a descoberta de petróleo. Os brancos passam a servi-los e preparam um plano para roubar suas terras. O épico serve de parábola do capitalismo, em que o dinheiro não tem cor nem ideologia