As sacrossantas leis do mercado nos empurraram ao abismo civilizatório. Saída requer quebrar as patentes (e vacinar, ao menos, 80% da população mundial) e robustas políticas de redistribuição de renda aos 1,2 bilhão que hoje não comerão
Em 2021, a pobreza multidimensional atingiu 1,3 bi de pessoas. Elas vivem no Sul global. Metade tem menos de 18 anos. O cálculo sobrepõe dados de pessoas que vivem com menos de US$ 1,25 ao dia; subnutrição; falta de acesso à Educação e Saúde
Apartheid das vacinas e condições opressivas impostas pelos países ricos para “ajuda” mostram que é preciso outra luta: desencadear ações comuns para manter planeta habitável; e cobrar de cada nação segundo suas possibilidades
Brasil é o 2º maior exportador de alimentos, mas a fome avança no país. Bancos concentram riquezas obscenas enquanto os mais pobres pagam mais impostos, proporcionalmente. Estado desmonta Saúde e Educação, mas paga bilhões ao rentismo
Economista francês lança novo livro que discute a história da busca por justiça social. Como a visão de bem público foi reabilitada na pandemia. Os danos gerados à economia pela concentração de renda – e a urgência da taxação global de fortunas
Ativista social aponta: Auxílio Brasil atropela 18 anos de experiência bem-sucedida – e troca rede de proteção por cesta de “auxílios, bônus e incertezas”. Em país com milhões de desocupados, condiciona benefício à comprovação de emprego
Na Bovespa, o signo do rentismo à brasileira: cafona, brutal e colonialista. Chifre em riste contra os de fora. O sistema tem cara: enquanto acumula riquezas e acossa a democracia, milhões, tratados como animais, catam comida entre detritos