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Não há declaração de derrota maior do que renunciar ao pensamento e ao afeto. Desistir de entender e sentir o mundo significa aderir o cinismo dos poderosos e aceitar a banalidade do mal e sua contabilidade mortal extremamente eficaz
Mohdi desgasta-se na Índia. Cidades turcas vencem Erdogan. Apoio a Bolsonaro despenca no Brasil. Partidos xenófobos europeus perdem espaço. Fracasso diante da pandemia e vazio do discurso anti-establishment parecem deter o neofascismo
Aos 50, fundador do Wikileaks tornou-se símbolo do lado sombrio das democracias ocidentais. E é também denúncia viva de formas de controle tão eficientes quanto as totalitárias; do paradoxo da não-liberdade, experimentada com “liberdade”
O triste desencanto da vida de professor. Em vez de convite (e desejo) ao saber, a profissão impregnou-se de elitismo; a construção coletiva é substituída por visão utilitarista, metas e caretice. A falta de cultura também revela a incapacidade de sonhar
Testemunha-chave confessa: foi coagido pelos EUA a mentir em depoimento em troca de imunidade. Revelação expõe a teia armada para extraditar (e punir exemplarmente) o jornalista que ousou denunciar os crimes de guerra do império
Soou o alarme (2020) analisa a crise do capitalismo sob o signo da pandemia. E propõe saídas ao inferno ultraliberal: ir além da recuperação do Estado, apostando na soberania popular e em rebeldias fora da racionalidade europeia
Que fazer, se as desigualdades explodem e a “velha política” desencanta maiorias? Defender instituições exauridas, mas ameaçadas pelo fascismo? Tatear em busca de nova democracia, ainda incerta? Ou combinar as duas ações — mas como?
Nos EUA, eles aderiram ao Black Lives Matter e à campanha radical de Sanders. No Chile, Equador e Peru, insurgiram-se contra o neoliberalismo. Agora, na Europa, pesquisa revela: os muito jovens querem outra ordem econômica e política
Cunhado por Adela Cortina, filósofa espanhola, o termo refere-se à “aversão ao pobre”. Por trás do ódio classista, a distopia ultraliberal de só quem se senta à mesa do consumismo é humano. Combater essa lógica vai além de valores éticos e solidários
O esvaziamento político, o rentismo e a vida artificial pariram o capitalismo de plataformas. Sem compromisso com territórios, apenas com a sua própria lógica de lucro e desigualdade, a acumulação é incessante, e não há quase trabalho
Casa Branca reprime brutalmente protestos contra as expulsões, em Los Angeles. É preciso entender como país expandiu sua lista de indesejáveis e utiliza a mídia para criar clima de terror (e forçar autodeportações). Quais caminhos de resistência?
Se a engenharia da sensibilidade das big techs moldam emoções para a produtividade e o consumo, o grande desafio torna-se abraçar o desejo que atrasa, pesa, não rende conteúdo ou recusa atalhos. Nesse mundo saturado de antecipação, hesitar torna-se grande virtude
Leituras da pesquisa Quaest. Houve melhora econômica, mas desaprovação entre os mais empobrecidos sobe. Inflação e segurança pública são preocupações. Mas há algo mais: desejo frustrado por mudanças estruturais. Sem contorná-lo, 2026 pode ser trágico
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