Poeta que fundou a Cooperifa aborda o impacto da literatura periférica hoje – nas escolas, quebradas, presídios e até na “lista dos mais vendidos”. Como ela pode instigar outras visões da juventude sobre o futuro e seu lugar no mundo? “Distraídos, venceremos”, cita ele
Um livro, duas poetas: primas, periféricas, raízes espelhadas. Forjadas nos saraus, elas cantam a ancestralidade negra e os lutos represados. Uma, através do vaivém dos trens e dos rolês; outra, no desespero e delírios da introspecção
Dois escritores da periferia retratam o universo borbulhante de campinhos e peladas: ato de brincar e também formação cultural dos meninos das quebradas, “onde a bola pulsa feito coração” — e as meninas são relegadas às margens…
Ela canta a condição da mulher negra e o amor distante, onde os corpos nunca se encontram. Ele exalta a lascívia e o futebol de várzea. Juntos, em Punga, representam uma geração que pôde mirar mais a liberdade estética que a denúncia social
Em dois poetas da periferia, a sofisticação sem pedantismo. Um busca o lirismo em brisas sobre a escrita, o insólito e o cotidiano. Outro, fino artesão, aposta na arte da “poesia de para-choques”. Em ambos, a irreverência e o espírito libertário